domingo, 15 de novembro de 2009

O menino que descobriu as palavras - Cineas Santos




Era, uma vez, um menino
Que, ainda bem pequenino,
Descobriu, todo contente,
Que palavra é que nem gente:
.
Umas são festas e alegria,
Como palhaço e folia;
Outras são sempre tristeza,
Como doença e pobreza.
.
Percebeu o menininho
que a palavra carinho
Até as plantas entendem,
Todos os seres compreendem,
.
Não se conteve e gritou:
"Carinho é filho do Amor!"
O menino descobriu,
Ficou feliz e sorriu,
.
Que algumas são brilho, luz,
Como a palavra Jesus;
Outras são dura verdade,
Como tempo, dor, saudade;
.
Palavras, pura beleza,
Como homem e natureza.
Palavras, só emoção,
Como poesia e canção.
.
Descobriu que a mais querida
É sempre a palavra Vida.
.
O menino, então, dormiu
E uma palavra o cobriu,
Lençol que não é de pano,
Feito de paz e de sono.

O poder da língua



Por volta do ano 200 antes de Cristo, um mercador grego, rico, queria dar um banquete com comidas especiais.
Chamou seu escravo e ordenou-lhe que fosee ao mercado comprar a melhor iguaria.
O escravo voltou com um belo prato, coberto com um fino pano. O mercador removeu o pano e assustado disse:
-Lingua? Este é o prato mais delicioso?
O escravo, sem levantar a cabeça, respondeu:
-Alingua é o prato mais delicioso, sim senhor. É com a língua que você pede água, diz "mamãe", faz amizades, conhece pessoas, distribui seus bens, perdoa. Com a lingua, você conquista, reúne as pessoas ,se comunica, diz "meu Deus", ora, canta, conta histórias, guarda a memoria do passado, faz negócios, diz "Eu te amo".
O mercador, não muito convencido, quis testar a sabedoria do seu escravo e o enviou novamente ao mercado, ordenando-lhe que trouxesse o pior dos alimentos.
Voltou o escravo com um lindo prato, coberto por fino tecido, que o mercador retirou, ansioso, para conhecer o alimento mais regupnante.
-Lingua, outra vez!!!! Diz o mercador, espantado.
-Sim, lingua, diz o escravo, agora mais altivo.
É a lingua que ocndena, separa, provoca intrigas e ciúmes. É com ela que você blasfema e manda para o inferno.
A lingua expulsa, isola, engana o irmão, responde para a mãe, singa o pai...
A lingua declara guerra! É com ela que você pronuncia a sentença de morte.
Não há nada pior que a lingua, não há nada melhor que a lingua.
Depende do uso que se faz dela.

autor: Desconhecido.

angel

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Certezas



Não quero alguém que morra de amor por mim...
Só preciso de alguém que viva por mim, que queira estar junto de mim, me
abraçando.
Não exijo que esse alguém me ame como eu o amo,
quero apenas que me ame, não me importando com que intensidade.
Não tenho a pretensão de que todas as pessoas que gosto, gostem de
mim...
Nem que eu faça a falta que elas me fazem, o importante pra mim é saber
que eu, em algum momento, fui insubstituível...
E que esse momento será inesquecível..
Só quero que meu sentimento seja valorizado.
Quero sempre poder ter um sorriso estampando em meu rosto, mesmo quando
a situação não for muito alegre...
E que esse meu sorriso consiga transmitir paz para os que estiverem ao
meu redor.
Quero poder fechar meus olhos e imaginar alguém...e
poder ter a absoluta certeza de que esse alguém também pensa em mim
quando fecha os olhos, que faço falta quando não estou por perto.
Queria ter a certeza de que apesar de minhas renúncias e loucuras,
alguém me valoriza pelo que sou, não pelo que tenho...
Que me veja como um ser humano completo, que abusa demais dos bons
sentimentos que a vida lhe proporciona, que dê valor ao que realmente
importa, que é meu sentimento...e não brinque com ele.
E que esse alguém me peça para que eu nunca mude, para que eu nunca
cresça, para que eu seja sempre eu mesmo.
Não quero brigar com o mundo, mas se um dia isso acontecer, quero ter
forças suficientes para mostrar a ele que o amor existe...
Que ele é superior ao ódio e ao rancor, e que não existe vitória sem
humildade e paz.
Quero poder acreditar que mesmo se hoje eu fracassar, amanhã será outro
dia, e se eu não desistir dos meus sonhos e propósitos,
talvez obterei êxito e serei plenamente feliz.
Que eu nunca deixe minha esperança ser abalada por palavras
pessimistas...
Que a esperança nunca me pareça um "não" que a gente teima em maquiá-lo
de verde e entendê-lo como "sim".
Quero poder ter a liberdade de dizer o que sinto a uma pessoa, de poder
dizer a alguém o quanto ele é especial e importante pra mim, sem ter de
me preocupar com terceiros... Sem correr o risco de ferir uma ou mais
pessoas com esse sentimento.
Quero, um dia, poder dizer às pessoas que nada foi em vão...
Que o amor existe, que vale a pena se doar às amizades a às pessoas, que
a vida é bela sim, e que eu sempre dei o melhor de mim...e que valeu a
pena!!!

autor: Mario Quintana.

angel.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Grandes verdades...

Pensamento do Dia
Às vezes você chora e ninguém vê as suas lágrimas...
Às vezes você se entristece e ninguém percebe o seu abatimento.. .
Às vezes você sorri e ninguém repara na beleza do seu sorriso...
Agora...PEIDA só. .

que você vai ver....
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LÓGICA
O garoto apanhou da vizinha, e a mãe furiosa foi tomar satisfação:
- Por que a senhora bateu no meu filho?
- Ele foi mal-educado, e me chamou de gorda.
- E a senhora acha que vai emagrecer batendo nele?
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NO BALCÃO DA ALFÂNDEGA
- Seu nome ?
- Abu Abdalah Sarafi.
- Sexo ?
- ... Quatro vezes por semana...
- Não, não, não! Homem ou mulher ?
- Homem, mulher.... algumas vezes camelo...
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DIVISÃO DE BENS
Dois amigos se encontram depois de muito anos.
- Casei, separei e já fizemos a partilha dos bens.
- E as crianças?
- O juiz decidiu que ficariam com aquele que mais bens recebeu.
- Então ficaram com a mãe?
- Não, ficaram com nosso advogado.
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REGIME DE EMAGRECIMENTO
- Doutor, como eu faço para emagrecer ?
- Basta a senhora mover a cabeça da esquerda para direita e
da direita para esquerda.
- Quantas vezes, doutor ?
- Todas as vezes que lhe oferecerem comida.
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CAIPIRA
O representante do censo pergunta ao caipira:
- Quantos filhos o senhor tem ?
- Bão... as minina são seis... os minino são quatro...
- Então sua prole é grande?
- Grande até que não, mas tá sempre dura...
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BODAS
Dois amigos conversam sobre as maravilhas do Oriente..
Um deles diz:
- Quando completei 25 anos de casado, levei minha mulher ao Japão.
- Não diga? E o que pensa fazer quando completarem 50 ?
- Volto lá para buscá-la...
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EMERGÊNCIA
Um eletricista vai até a UTI de um hospital, olha para os pacientes
ligados a diversos tipos de aparelhos e diz-lhes:
- Respirem fundo: vou mudar o fusível.
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CONFISSÃO
O condenado à morte esperava a hora da execução, quando chegou o padre:
- Meu filho, vim trazer a palavra de Deus para você.
- Perda de tempo, seu padre. Daqui a pouco vou falar com Ele,
pessoalmente. Algum recado?



autor: anônimo.

rsrsrs, tem coisas que a gente recebe no e-mail que fica irresistivel de não publicar.
Cada uma viuu.

angel.

domingo, 13 de setembro de 2009

Um beijo




Foste o beijo melhor da minha vida,
ou talvez o pior...Glória e tormento,
contigo à luz subi do firmamento,
contigo fui pela infernal descida!

Morreste, e o meu desejo não te olvida:
queimas-me o sangue, enches-me o pensamento,
e do teu gosto amargo me alimento,
e rolo-te na boca malferida.

Beijo extremo, meu prêmio e meu castigo,
batismo e extrema-unção, naquele instante
por que, feliz, eu não morri contigo?

Sinto-me o ardor, e o crepitar te escuto,
beijo divino! e anseio delirante,
na perpétua saudade de um minuto....

Olavo Bilac

sábado, 12 de setembro de 2009

Mario Quintana




Quando eu for, um dia desses,
Poeira ou folha levada
No vento da madrugada,
Serei um pouco do nada
Invisível, delicioso

Que faz com que o teu ar
Pareça mais um olhar,
Suave mistério amoroso,
Cidade de meu andar
(Deste já tão longo andar!)

E talvez de meu repouso...



Só hoje: angel.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Não querendo insistir no assunto "Homens", mas esta vale a pena



Ouça o que Oprah Winfrey (famosa apresentadora americana) tem a dizer sobre os HOMENS:

"-Se um homem quer você, nada pode mantê-lo longe.
-Se ele não te quer, nada pode faze-lo ficar.
-Pare de dar desculpas (de arranjar justificativas) para um homem e seu comportamento.
-Permita que sua intuição (ou espírito) te proteja das mágoas.
- Para de tentar se modificar para uma relação que não tem que acontecer.
-Mais devagar é melhor. Nunca dedique sua vida a um homem antes que você encontre o que realmente te faz feliz.
-Se uma relação terminar porque o homem não te tratou como você merecia, "foda-se, mande pro inferno, esquece!", vocês não podem "ser amigos". Um amigo não destrataria outro amigo.
-Não conserte.
-Se você sente que ele está te enrolando, provavelmente é porque ele está mesmo. Não continue (a relação) porque você acha que "vai melhorar"
-Você vai se chatear daqui um ano por continuar a relação quando as coisas ainda não estiverem melhores.
-A única pessoa que você pode controlar em uma relação é você mesma.
-Evite homens que têm um monte de filhos, e de um monte de mulheres diferentes. Ele não casou com elas quando elas ficaram grávidas, então, porque ele te trataria diferente?
-Sempre tenha seu próprio círculo de amizade, separadamente do dele.
-Coloque limites no modo como um homem te trata. Se algo te irritar, faça um escândalo.
-Nunca deixe um homem saber de tudo. Mais tarde ele usará isso contra você.
-Você não pode mudar o comportamento de um homem. A mudança vem de dentro.
-Nunca o deixe sentir que ele é mais importante que você... mesmo se ele tiver um maior grau de escolaridade ou um emprego melhor.
-Não o torne um semi-deus.
-Ele é um homem, nada além ou aquém disso.
-Nunca deixe um homem definir quem você é.
-Nunca pegue o homem de alguém emprestado..
-Se ele traiu alguém com você, ele te trairá.
-Um homem vai te tratar do jeito que você permita que ele te trate.
-Todos os homens NÃO são cachorros.
-Você não deve ser a única a fazer tudo... compromisso é uma via de mão dupla.
-Você precisa de tempo para se cuidar entre as relações. não há nada precioso quanto viajar. veja as suas questões antes de um novo relacionamento.
-Você nunca deve olhar para alguém sentindo que a pessoa irá te completar... uma relação consiste de dois indivíduos completos.. procure alguém que irá te complementar.. não suplementar.
-Namorar é bacana. mesmo se ele não for o esperado Sr. Correto.
-Faça-o sentir falta de você algumas vezes... quando um homem sempre sabe que você está lá, e que você está sempre disponível para ele - ele se acha...
-Nunca se mude para a casa da mãe dele. Nunca seja cúmplice (co-assine) de um homem.
-Não se comprometa completamente com um homem que não te dá tudo o que você precisa. Mantenha-o em seu radar, mas conheça outros...
-Compartilhe isso com outras mulheres e homens (de modo que eles saibam). você fará alguém sorrir, outros repensarem sobre as escolhas, e outras mulheres se prepararem.
-Dizem que se gasta um minuto para encontrar alguém especial, uma hora para apreciar esse alguém, um dia para amá-lo e uma vida inteira para esquecê-lo.
-O medo de ficar sozinha faz que várias mulheres permaneçam em relações que são abusivas e lesivas: Dr. Phill
-Você deve saber que você é a melhor coisa que pode acontecer para alguém e se um homem te destrata, é ele que vai perder uma coisa boa.
-Se ele ficou atraído por você à primeira vista, saiba que ele não foi o único.
-Todos eles estão te olhando, então você tem várias opções. Faça a escolha certa.

Ladies, cuidem bem de seus corações, homens vão... mas ele fica! "



Bjus



por: angel

terça-feira, 25 de agosto de 2009

HOMENS, SEGUNDO VINÍCIUS DE MORAIS


Os Homens.

Os homens bons, são feios.

Os homens bonitos, não são bons.

Os homens bonitos e bons, são gays.

Os homens bonitos, bons e heterossexuais, estão casados.

Os homens que não são bonitos, mas são bons, não têm dinheiro.

Os homens que não são bonitos, mas que são bons e com dinheiro, pensam que só estamos atrás de seu dinheiro.

Os homens bonitos, que não são bons e são heterossexuais, não acham que somos suficientemente bonitas.

Os homens que nos acham bonitas, que são heterossexuais, bons e têm dinheiro, são covardes.

Os homens que são bonitos, bons, têm dinheiro e graças a Deus são heterossexuais, são tímidos e NUNCA DÃO O PRIMEIRO PASSO!

Os homens que nunca dão o primeiro passo, automaticamente perdem o interesse em nós quando tomamos a iniciativa.

AGORA... QUEM NESSE MUNDO ENTENDE OS HOMENS?



Moral da História:



" Homens são como um bom vinho. Todos começam como uvas, e é dever da mulher pisoteá-los e mantê-los no escuro até que amadureçam e se tornem uma boa companhia pro jantar "





Vinicius de Morais





'Mulheres existem para serem amadas, não para serem

entendidas.'


Sensacional, angel.

domingo, 23 de agosto de 2009

Manifestação 07 de Setembro 2009



Fiquemos atentos, o Brasil tem jeito basta nos conscientizarmos e ir a luta.

Chega de impunidade.


angel.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Lucky (feat. Colbie Caillat) Sorte






Do you hear me, I'm talking to you // Você me ouve, eu estou falando a você
Across the water across the deep blue ocean // Do outro lado da água, sobre o profundo mar azul
Under the open sky oh my, baby I'm trying // Sob o céu aberto oh meu amor eu estou tentando

Boy I hear you in my dreams // Garoto eu escuto você em meus sonhos
I feel you whisper across the sea // Eu escuto você sussurrando por sobre o mar
I keep you with me in my heart // Eu guardo você comigo no meu coração
You make it easier when life gets hard // Você torna a vida mais fácil quando ela está difícil

Lucky I'm in love with my best friend // Eu sou sortudo, estou apaixonado pela minha melhor amiga
Lucky to have been where I have been // Sortudo por ter estado onde estive
Lucky to be coming home again // Sortudo por estar voltando para casa
Oooohhhhoohhhhohhooohhooohhooohoooh Oooohhhhoohhhhohhooohhooohhooohoooh

They don't know how long it takes // Eles não sabem como é demorado
Waiting for a love like this // Esperar por um amor como esse
Every time we say goodbye // Todo tempo nós dizemos adeus
I wish we had one more kiss // Gostaria que nós tivéssemos mais um beijo
I wait for you I promise you, I will // Eu esperarei por você, eu prometo a você

Lucky I'm in love with my best friend // Eu sou sortudo, estou apaixonado pela minha melhor amiga
Lucky to have been where I have been // Sortudo por ter estado onde estive
Lucky to be coming home again // Sortudo por estar voltando para casa
Lucky we're in love in every way // Eu sou sortuda, nós estamos apaixonados de qualquer jeito
Lucky to have stayed where we have stayed // Sortudo por ter estado onde estive
Lucky to be coming home someday // Sortudo por estar voltando para casa algum dia

And so I'm sailing through the sea // E então eu estou navegando através do mar
To an island where we'll meet // Para uma ilha onde nos encontraremos
You'll hear the music, feel the air // Você ouvirá a música, sentirá o ar
I put a flower in your hair // Eu colocarei uma flor em seu cabelo

And though the breeze is through trees // E embora a brisa esteja através das árvores
Move so pretty you're all I see // Se mova tão bonita você é tudo o que eu vejo
As the world keep spinning round // Como manter o mundo girando
You hold me right here right now // Se você me segura aqui, agora

Lucky I'm in love with my best friend // Eu sou sortudo, estou apaixonado pela minha melhor amiga
Lucky to have been where I have been // Sortudo por ter ficado onde fiquei
Lucky to be coming home again // Sortudo por estar voltando para casa
Lucky we're in love in every way // Eu sou sortuda, nós estamos apaixonados de qualquer jeito
Lucky to have stayed where we have stayed // Sortudo por ter ficado onde nós temos ficado
Lucky to be coming home someday // Sortudo por estar voltando para casa algum dia

Ooohh ooooh oooh oooh ooh ooh ooh ooh Ooohh ooooh oooh oooh ooh ooh ooh ooh
Ooooh ooooh oooh oooh ooh ooh ooh ooh Ooooh ooooh oooh oooh ooh ooh ooh ooh.

Linda musica, to feliz e de férias.

angel.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Migração de Arraias...espetacular!

As arraias parecem folhas gigantes flutuando no mar, milhares delas são vistas aqui se reunindo no litoral de México. A cena espetacular foi capturada quando essas criaturas magníficas fizeram uma de suas migrações semestrais em massa para locais mais apropriados.


Deslizando silenciosamente embaixo das ondas, elas transformaram áreas vastas de água azul em ouro no norte da Península de Yucatan. Sandra Critelli, uma fotógrafa amadora, viu o fenômeno enquanto procurava por tubarões baleia.


Ela disse: 'Foi uma imagem inacreditavel, muito difícil de descrever. A superfície da água foi coberta por varios tons de ouro que pareciam uma camada de folhas de outono movidas pelo vento.'

É dificil de dizer exatamente quantas arraias tinham, mas deveria ter milhares delas.'


'Nós fomos cercados por elas e nós também podíamos ver muitas na superfície de água. Eu tive muita sorte de estar lá para poder presenciar o melhor que a natureza tem para oferecer.'

Elas medem até 7ft (2,1 metros). As arraias douradas também são conhecidos como arraias de nariz de vaca.


Elas têm barbatanas peitorais pontudas que se separam em dois lóbulos na frente de suas cabeças altas que fazem com que elas pareçam com uma vaca. Apesar de poder dar ferroadas venenosas, elas são tímidas e não ameaçam ninguem quando se reunem em grande quantidade.

A população do Golfo do México migra em quantidade de até 10.000, que vai da Florida até Yucatan.

Não deixe de dividir isso com seus amigos para que eles também possam desfrutar da beleza da natureza.


Lindissimo, Deus é incrivel...


angel.

domingo, 2 de agosto de 2009

Campos do Jordao 2009




Como sempre festival de inverno de Campos só tem o que há de mais bonito, varios artistas...


angel.

sábado, 1 de agosto de 2009

Estou Cansado - Ricardo Gondim




Cansei! Entendo que o mundo evangélico não admite que um pastor confesse o seu cansaço. Conheço as várias passagens da Bíblia que prometem restaurar os trôpegos. Compreendo que o profeta Isaías ensina que Deus restaura as forças do que não tem nenhum vigor. Também estou informado de que Jesus dá alívio para os cansados. Por isso, já me preparo para as censuras dos que se escandalizarem com a minha confissão e me considerarem um derrotista. Contudo, não consigo dissimular: eu me acho exausto.

Não, não me afadiguei com Deus ou com minha vocação. Continuo entusiasmado pelo que faço; amo o meu Deus, bem como minha família e amigos. Permaneço esperançoso. Minha fadiga nasce de outras fontes.

Canso com o discurso repetitivo e absurdo dos que mercadejam a Palavra de Deus. Já não agüento mais que se usem versículos tirados do Antigo Testamento e que se aplicavam a Israel para vender ilusões aos que lotam as igrejas em busca de alívio. Essa possibilidade mágica de reverter uma realidade cruel me deixa arrasado porque sei que é uma propaganda enganosa. Cansei com os programas de rádio em que os pastores não anunciam mais os conteúdos do evangelho; gastam o tempo alardeando as virtudes de suas próprias instituições. Causa tédio tomar conhecimento das infinitas campanhas e correntes de oração; todas visando exclusivamente encher os seus templos. Considero os amuletos evangélicos horríveis. Cansei de ter de explicar que há uma diferença brutal entre a fé bíblica e as crendices supersticiosas.

Canso com a leitura simplista que algumas correntes evangélicas fazem da realidade. Sinto-me triste quando percebo que a injustiça social é vista como uma conspiração satânica, e não como fruto de uma construção social perversa. Não consideram os séculos de preconceitos nem que existe uma economia perversa privilegiando as elites há séculos. Não agüento mais cultos de amarrar demônios ou de desfazer as maldições que pairam sobre o Brasil e o mundo.

Canso com a repetição enfadonha das teologias sem criatividade nem riqueza poética. Sinto pena dos teólogos que se contentam em reproduzir o que outros escreveram há séculos. Presos às molduras de suas escolas teológicas, não conseguem admitir que haja outros ângulos de leitura das Escrituras. Convivem com uma teologia pronta. Não enxergam sua pobreza porque acreditam que basta aprofundarem um conhecimento "científico" da Bíblia e desvendarão os mistérios de Deus. A aridez fundamentalista exaure as minhas forças.

Canso com os estereótipos pentecostais. Como é doloroso observá-los: sem uma visitação nova do Espírito Santo, buscam criar ambientes espirituais com gritos e manifestações emocionais. Não há nada mais desolador que um culto pentecostal com uma coreografia preservada, mas sem vitalidade espiritual. Cansei, inclusive, de ouvir piadas contadas pelos próprios pentecostais sobre os dons espirituais.

Cansei de ouvir relatos sobre evangelistas estrangeiros que vêm ao Brasil para soprar sobre as multidões. Fico abatido com eles porque sei que provocam que as pessoas "caiam sob o poder de Deus" para tirar fotografias ou gravar os acontecimentos e depois levantar fortunas em seus países de origem.

Canso com as perguntas que me fazem sobre a conduta cristã e o legalismo. Recebo todos os dias várias mensagens eletrônicas de gente me perguntando se pode beber vinho, usar "piercing", fazer tatuagem, se tratar com acupuntura etc., etc. A lista é enorme e parece inexaurível. Canso com essa mentalidade pequena, que não sai das questiúnculas, que não concebe um exercício religioso mais nobre; que não pensa em grandes temas. Canso com gente que precisa de cabrestos, que não sabe ser livre e não consegue caminhar com princípios. Acho intolerável conviver com aqueles que se acomodam com uma existência sob o domínio da lei e não do amor.

Canso com os livros evangélicos traduzidos para o português. Não tanto pelas traduções mal feitas, tampouco pelos exemplos tirados do golfe ou do basebol, que nada têm a ver com a nossa realidade. Canso com os pacotes prontos e com o pragmatismo. Já não agüento mais livros com dez leis ou vinte e um passos para qualquer coisa. Não consigo entender como uma igreja tão vibrante como a brasileira precisa copiar os exemplos lá do norte, onde a abundância é tanta que os profetas denunciam o pecado da complacência entre os crentes. Cansei de ter de opinar se concordo ou não com um novo modelo de crescimento de igreja copiado e que vem sendo adotado no Brasil.

Canso com a falta de beleza artística dos evangélicos. Há pouco compareci a um show de música evangélica só para sair arrasado. A musicalidade era medíocre, a poesia sofrível e, pior, percebia-se o interesse comercial por trás do evento. Quão diferente do dia em que me sentei na Sala São Paulo para ouvir a música que Johann Sebastian Bach (1685-1750) compôs sobre os últimos capítulos do Evangelho de São João. Sob a batuta do maestro, subimos o Gólgota. A sala se encheu de um encanto mágico já nos primeiros acordes; fechei os olhos e me senti em um templo. O maestro era um sacerdote e nós, a platéia, uma assembléia de adoradores. Não consegui conter minhas lágrimas nos movimentos dos violinos, dos oboés e das trompas. Aquela beleza não era deste mundo. Envoltos em mistério, transcendíamos a mecânica da vida e nos transportávamos para onde Deus habita. Minhas lágrimas naquele momento também vinham com pesar pelo distanciamento estético da atual cultura evangélica, contente com tão pouca beleza.

Canso de explicar que nem todos os pastores são gananciosos e que as igrejas não existem para enriquecer sua liderança. Cansei de ter de dar satisfações todas as vezes que faço qualquer negócio em nome da igreja. Tenho de provar que nossa igreja não tem título protestado em cartório, que não é rica, e que vivemos com um orçamento apertado. Não há nada mais desgastante do que ser obrigado a explanar para parentes ou amigos não evangélicos que aquele último escândalo do jornal não representa a grande maioria dos pastores que vivem dignamente.

Canso com as vaidades religiosas. É fatigante observar os líderes que adoram cargos, posições e títulos. Desdenho os conchavos políticos que possibilitam eleições para os altos escalões denominacionais. Cansei com as vaidades acadêmicas e com os mestrados e doutorados que apenas enriquecem os currículos e geram uma soberba tola. Não suporto ouvir que mais um se auto-intitulou apóstolo.

Sei que estou cansado, entretanto, não permitirei que o meu cansaço me torne um cínico. Decidi lutar para não atrofiar o meu coração.

Por isso, opto por não participar de uma máquina religiosa que fabrica ícones. Não brigarei pelos primeiros lugares nas festas solenes patrocinadas por gente importante. Jamais oferecerei meu nome para compor a lista dos preletores de qualquer conferência. Abro mão de querer adornar meu nome com títulos de qualquer espécie. Não desejo ganhar aplausos de auditórios famosos.

Buscarei o convívio dos pequenos grupos, priorizarei fazer minhas refeições com os amigos mais queridos. Meu refúgio será ao lado de pessoas simples, pois quero aprender a valorizar os momentos despretensiosos da vida. Lerei mais poesia para entender a alma humana, mais romances para continuar sonhando e muita boa música para tornar a vida mais bonita. Desejo meditar outras vezes diante do pôr-do-sol para, em silêncio, agradecer a Deus por sua fidelidade. Quero voltar a orar no secreto do meu quarto e a ler as Escrituras como uma carta de amor de meu Pai.

Pode ser que outros estejam tão cansados quanto eu. Se é o seu caso, convido-o então a mudar a sua agenda; romper com as estruturas religiosas que sugam suas energias; voltar ao primeiro amor. Jesus afirmou que não adianta ganhar o mundo inteiro e perder a alma. Ainda há tempo de salvar a nossa.

Soli Deo Gloria.

Ricardo Gondim

Pr. Ricardo Gondim é escritor de vários livros, entre eles Artesãos de Uma Nova História
www.ricardogondim.com.br

(Como compreendo o que o Pr. expressa, não tenho sua idade nem tão pouco a idade cristã, mas tenho as minhas experiencias. Me lembro bem nos anos de seminário, quando nosso querido prof. de N.T. nos dizia: Olho para vocês seminaristas e penso daqui uns 05 anos, a maioria de vocês estarão com suas igrejas liderando, 90% terão aderido ao sistema, outros 7% ainda estarão buscando que fazer e 3% estarão aí sofrendo, pagando o preço por quererem fazer a diferença e conhecerão, o quão é sofrido ser luz, e fazer o que é correto biblicamente sem politicagem, pois infelizmente em nosso meio como em qualquer outro existem os interesses politicos, e muitos farão dessa minoria que resolverá pagar o preço por amor a Cristo sofrerem o descaso, a humilhação, serão barrados e maltratados, serão mal vistos, e muitos colegas teologos virarão as costas. E agora eu pergunto sabendo desse tempo que já passamos juntos, e sabendo nitidamente que alguns já aderiram ao sistema, qual de vocês resolverão pagar o preço e me surpreender?, Qual de vocês pagarão o preço por amor de Cristo?).
Estou tão cansada desse sistema religioso implantado em nossas igrejas e suas politicas machistas, estou tão cansada de ouvir sermões razos e mensagens entediantes, estou tão cansada de ouvir falar de missões transculturais e ninguém olhar para o quintal de casa onde precisa ser reparado, estou tão cansada dessas campanhas de tudo, não vejo grupos de oração orarem uns pelos outros como em outrora, mas nós nos reunimos para orar por bençãos materiais, estou tão cansada...
Segue aqui também o meu desabafo, claro que generalizando, pois creio que em algum lugar nesse momento estão reunidos os santos que realmente se importam com o proximo e estão orando realmente, e praticando o indo de Jesus, como nos ensina sua palavra em Mt 28:19-20.

angel.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Os dois menores e MELHORES contos de fadas do mundo...


1. Conto de fadas para mulheres do séc. 21

Era uma vez uma linda moça que perguntou a um lindo rapaz:
- Você quer casar comigo?
Ele respondeu:
- NÃO!
E a moça viveu feliz para sempre, foi viajar, fez compras, conheceu muitos outros rapazes, visitou muitos lugares, foi morar na praia, comprou outro carro, mobiliou sua casa, sempre estava sorrindo e de bom humor, nunca lhe faltava nada, bebia cerveja com as amigas sempre que estava com vontade e ninguém mandava nela.
O rapaz ficou barrigudo, careca, o p... caiu, a bunda murchou, ficou sozinho e pobre, pois não se constrói nada sem uma MULHER.
FIM!!!


2. Conto de fadas para mulheres do séc. 21

Era uma vez, numa terra muito distante, uma linda princesa independente e cheia de auto-estima que, enquanto contemplava a natureza e pensava em como o maravilhoso lago do seu castelo estava de acordo com as conformidades ecológicas, se deparou com uma rã. Então, a rã pulou para o seu colo e disse: -Linda princesa, eu já fui um príncipe muito bonito. Mas uma bruxa má lançou-me um encanto e eu transformei-me nesta rã asquerosa. Um beijo teu, no entanto, há de me transformar de novo num belo príncipe e poderemos casar e constituir um lar feliz no teu lindo castelo. A minha mãe poderia vir morar conosco e tu poderias preparar o meu jantar, lavarias as minhas roupas, criarias os nossos filhos e viveríamos felizes para sempre...
E então, naquela noite, enquanto saboreava pernas de rã à sautée,
acompanhadas de um cremoso molho acebolado e de um finíssimo vinho
branco, a princesa sorria e pensava: -Nem fo........!

(Luís Fernando Veríssimo).


Éhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh, cade o principe? virou sapo. Ou talves o sapo nunca tenha sido um principe, e as mulheres apenas conseguiram se libertar.

angel.

sábado, 25 de julho de 2009

25/07/2009 Michael Jackson - 01 mês.



Lendo algumas noticias encontrei algo incrivel, mas incrivel ainda é pensar que tudo pode ser verdade ou metira? como black ou white...

44 razões para crer que Michael Jackson não morreu

Leitores do blog tem encaminhado razões pelas quais acreditam que Michael Jackson não teria morrido.
Selecionamos algumas teorias que tem sido enviadas (sem querer dizer que concordamos com elas):

01)-Ele estava ótimo e ensaiando 3 dias antes da “morte”(ver Ultimo Ensaio Michael Jackson).
02)-A ambulância dos bombeiros demorou quase uma hora para remover o “corpo” de sua casa para o hospital, mesmo sabendo que nenhum procedimento mais complexo poderia ser feito na residência (ver A demora para socorrer Michael Jackson).
03)- O médico dele ficou desaparecido por dois dias após o “anúncio” da morte.(ver Médico de Michael Jackson está desaparecido)
04)- Caixão fechado (nem o caixão do Papa ficou fechado o tempo todo – ver Especulações sobre o paradeiro de Jackson persistem)
05)- Ninguém da família chorava de verdade. Nem conseguiam fingir, inclusive a filha pequena – obrigada a dizer alguma coisa;
06)- Dívidas monumentais (verMichael Jackson acumulava US 500 milhões em dívidas).
07)- As máscaras, de uso constante, serviam para preparar o sósia que estava doente e em estado terminal, enquanto Michael cuidava de providenciar um novo rosto, para viver anônimo daqui por diante. (ver Doente: Michael Jackson é flagrado com mãos deformadas)
08)- Quem ligou para o 911 estava calmo demais.(ver Ligação para a emergência 911)
Em agosto ele ia ou vai lançar uma música chamada RESSUREIÇÃO, assim como já tinha lançado um album assim no passado!
09)- Ninguem sabe pra onde seu corpo foi levado após o memorial.
10)- Os médicos não falam a causa da morte.
11)- O presidente dos EUA que era fã do astro só se pronunciou sobre o fato uma semana depois.
12)- Um médico particular que abandona a própria carreira para se dedicar a um único paciente, justamente na hora mais crucial não acompanha seu “único” paciente ao hospital?
13)- Michael costumava se disfarçar, ultimamente chegou a ir ao Oriente Médio disfarçado de mulher para fazer compras (ver Michael – No Oriente Médio)
14)- A demora no resultado da autópsia, nem no IML do Rio onde tudo funciona a carvão… é tão difícil reconhecer uma overdose?
15)- Após a cerimonia a família “enlutada” foi “comemorar” num restaurante badalado.
16)- Antes dele chegar ao hospital a CNN já dava Michael como morto.
17)- Deixa um testamento em um fundo que o empresário e sócio administram.(Michael Jackson: Mãe não vai administrar bens)
18)- Nos EUA existe uma lei que se tentarem te matar duas ou três vezes você pode mudar sua identidade e até forjar a própria morte.
19)- Um grande estoque de coisas que ele (MJ) tinha leiloado para pagar dividas foi comprado por um suposto colecionador anônimo.(Cuecas de Michael Jackson vão a leilão)
20)- Por que alguém que não faz shows desde 2006 teria uma turnê marcada, coincidentemente, para cerca de uma semana depois de sua morte?
21)- O plano já teria sido traçado há muito, como mostra a letra de sua música Morphine, que fala sobre ataque cardíado, morfina e sobre o remédio Demerol.
22)- No telefonema de emergência, em NENHUM momento o nome de Michael Jackson foi citado, apenas de um “homem que estava mal”.
23)- Elizabeth Taylor, que era amiga íntima, disse que o evento do memorial era um “circo”.
24)- Um caixão possivelmente vazio foi apresentado no espetáculo da despedida coletiva onde os ingressos não foram cobrados, “foi quem quis”. Ninguem judicialmente pode contestar nada.
25)- Trabalhadores da fronteira dos Estados Unidos com o México, diz que Jackson e um homem não identificado teriam deixado o país na noite de sua morte.
26)- Seu atestado de óbito fala apenas que o morto é um homem negro morto por causa ainda indefinida.
27)- Produtos relacionados aos shows de Michael Jackson que deveriam ocorrer na O2 Arena, em Londres, estão sendo comercializados normalmente – mesmo após a morte.
28)- O empresário e sócio não vão ao velório, sequer o médico particular se faz presente. (Conrad Murray, médico do astro, não irá ao funeral)
29)- Depois do velório, em vez de levarem o caixão para o cemitério sumiram com ele!!!
30)- Na ligação para a emergência, quem liga diz que o homem desmaiado está deitado na cama, e que o médico tentava reanimá-lo. Uma pessoa formada em medicina não saberia que massagem cardíaca deve ser feita em uma superfície dura?
31)- Antes de ‘morrer’, assina um contrato para uma série de apresentações. Diz que não leu o contrato (?), compromete-se a 50 shows, pensando que eram apenas 10. (Michael Jackson se irrita com a quantidade de shows)
32)- Michael usava até mesmo nomes falsos para conseguir a medicação que ‘precisava’.(Michael Jackson usava nome falso para comprar medicamentos)
33)- Sabe-se de que uns tempos pra cá, Michael usava manequins e até mesmo o sósia pra despistar a imprensa.
34)- Antes dele chegar ao hospital a polícia já estava lá interditando a passagem de todos.
35)- O pai , Joe Jackson, afirmou à ABC News que ele suspeita das circunstâncias que envolvem a morte do seu filho.
36)- No funeral não houve cadastramento de credenciais para Jornalistas. O Michael era uma pessoa pública, todos os jornais, sites, rádios estavam voltados para a cobertura da “morte” dele. É claro que deveria haver o cadastramento da imprensa para a cobertura do funeral. Deste modo, a imprensa teve que conseguir um ingresso e ficar, no meio da plateia, narrando o que estava acontecendo. Mas ninguém viu, filmou, fotografou, registrou nada pelos bastidores.
37)- O médico teria vindo a pouco mais de uma semana trabalhar com Michael avisando sua clientela de que iria para uma missão especial (Médico de Michael Jackson parou de clinicar 11 dias antes da morte).
38)- A pessoa que apareceu na coletiva de imprensa sobre os Shows em Londres já era um impostor.
39)- As cenas da ambulância que levou o cantor para o hospital mostram um caminhão mais lento que aqueles do gás que ficam tocando musiquinha. Isso era uma ambulância?
40)- Agora o IML de Los Angeles quer ver todos os registros médicos de Michael Jackson. Ora ver registros médicos e dentários anteriores é procedimento quando se está em dúvida quanto à identificação do corpo.
41)- “Se Michael Jackson estava tratando um quadro de dor muito forte, ele aguentaria mais morfina”, diz o anestesista do Hospital São Luis Daniel Oliveira. Isso porque o organismo cria mecanismos de resistência aos efeitos e necessita quantidades maiores para que a droga faça efeito.
42)- O próprio cantor sabia que não estava em condições de realizar uma série de 50 shows, mas acabou cedendo à pressão de pessoas às quais devia dinheiro. ”Não sei como vou fazer 50 apresentações. Estou muito nervoso“, disse Michael em uma ocasião.
43)- Não foi feito o exame de DNA para confirmação da identidade. Ora, uma pessoa que teria feito 12 cirurgias plásticas só nos útlimos meses poderia ser identificado civilmente apenas por reconhecimento visual?
44)- O Staples Center, ginásio onde foi feito o funeral é de propriedade da AEG Live a promotora dos Shows em Londres.

Entre alguns sites, verifiquei num blog estas informações: Tony Ramos (não é o ator).

Vendo por este angulo, qualquer um pode ficar confuso. O fato é que sendo verdade ou mentira, black ou white, é um mega evento em torno dele que com certeza está ai pagando suas dividas em dolares, com toda esta exposição.
Em relação ao artista, não creio que o mundo apresentará alguem tão completo quanto Michael Jackson.
Como ser humano, não tenho duvidas do Amor de Deus por ele. Pois o Senhor ama a todos, ele odeia sim o pecado, mas ama o pecador...

por: angel

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Edução...


Essa pergunta foi a vencedora em um congresso sobre vida sustentável.


"Todo mundo 'pensando' em deixar um planeta melhor para nossos filhos... Quando é que 'pensarão' em deixar filhos melhores para o nosso planeta?"

Passe adiante!
Precisamos começar JÁ!

Uma criança que aprende o respeito e a honra dentro de casa e recebe o exemplo vindo de seus pais, torna-se um adulto comprometido em todos os aspectos, inclusive em respeitar o planeta onde vive...







Por: angel

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Um Mero Barulho




"Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e
não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o
címbalo que retine" (1 Coríntios 13:1).

"Um pregador não é tanto um construtor de sermões quanto é
um construtor de vidas. Para construir pessoas da maneira
como Deus deseja que elas sejam, ele deve amá-las. Não é
suficiente amar o ato de pregar. Nós devemos amar aqueles a
quem pregamos. Sem amor, pregar é um mero barulho." (Roger
Campbell)

O que estamos fazendo quando falamos de Cristo a nossos
amigos, parentes e vizinhos? Estamos dizendo a eles que os
amamos, que nos preocupamos com suas vidas e com a
felicidade que desejamos para eles ou simplesmente emitimos
palavras e fazemos barulho com elas?

Pregar o Evangelho não consiste em decorar textos bíblicos
ou planejar belos sermões. É preciso haver uma motivação, um
desejo ardente no coração. Cristo é o nosso Senhor e
Salvador. Ele nos deu vida e alegria. Ele transformou a
nossa mente e nos fez novas criaturas. Estamos cheios de
regozijo. Queremos que todos tenham a mesma bênção.

A presença de Cristo em nossas vidas produz amor. O amor
semeado pelo Senhor em nossos corações produz uma grande
vontade de levar a salvação aos que não a têm. Por isso
pregamos. Por isso saímos a semear o amor que flui de nosso
interior como rios de água viva.

Muitas vezes saímos a proclamar o Evangelho apenas porque
vemos outros fazê-lo ou porque a nossa igreja nos convocou
para uma tarde de evangelização. O que fazemos não passa de
uma atividade mecânica, sem vida, sem sal, sem luz. O brilho
do Senhor não é percebido em nosso rosto, o nosso coração
não palpita pelos aflitos, pelos incrédulos, pelos
desesperançados. Caminhamos completamente vazios do amor que
deveria ser o combustível de nossa pregação.

Seu testemunho é como um metal que soa, um mero barulho, ou
um manancial de amor à serviço de Deus?


Pr. Paulo Roberto Barbosa

Do site - Escuro Iluminado

sábado, 9 de maio de 2009

AMOR É O QUE QUEREMOS




Fazemos parte de uma geração que desaprendeu o gosto do sentido. Nós somos incentivados a buscar conforto em tudo o que fazemos, adaptação, prazer. Mas nossa alma precisa de sentido. O sentido suporta o sacrifício, o conforto foge dele. O amor é sacrifício e a vida é amor.

A vida parece não ter muita graça e a gente vai fazendo o que aparece. E vai fazendo no limite de nosso conforto. Então avaliamos as realidades, às vezes é legal, outras vezes não, às vezes a gente pensa que precisa de uma coisa que foi oferecida, às vezes não, às vezes a gente observa uma possibilidade de idealismo, mas não sabe se vale a pena lutar por aquilo. E no fim, nossas tentações e dilemas ocupam nossas vidas, tornando-se neuroses e pulsões.
O que nos resta é solidão e carência daquilo que é o final
do processo do sentido, o amor.

Enfim, queremos amor no final, mas nos perdemos na busca, porque ainda cremos que o encontraremos no conforto, no consumo, no prazer.

Jesus nos disse que o encontraremos, em forma de felicidade, se discernirmos o sentido da vida no serviço ao próximo (João 13).

sábado, 11 de abril de 2009

O OUTRO

O fato ocorreu no mês de fevereiro de 1969, ao norte de Boston, em Cambridge. Não o escrevi imediatamente, porque meu primeiro propósito foi esquecê-lo para não perder a razão. Agora, em 1972, penso que, se o escrevo, os outros o lerão como um conto e, com os anos, ele o será talvez para mim.

Sei que foi quase atroz enquanto durou e mais ainda durante as desveladas noites que o seguiram. Isso não significa que seu relato possa comover um terceiro.

Seriam dez da manhã. Eu estava recostado em um banco, defronte ao rio Charles. A uns quinhentos metros a minha direita havia um alto edifício cujo nome nunca soube. A água cinzenta carregava grandes pedaços de gelo. Inevitavelmente, o rio fez com que eu pensasse no tempo. A milenar imagem de Heráclito. Eu havia dormido bem; minha aula da tarde anterior havia conseguido, creio, interessar os alunos. Não havia vivalma.

Tive, de repente, a impressão (que, segundo os psicólogos, corresponde aos estados de fadiga) de já ter vivenciado aquele momento. Na outra ponta de meu banco, alguém sentara. Eu teria preferido estar só, mas não quis levantar para não me mostrar descortês. O outro se havia posto a assobiar. Foi então que ocorreu a primeira das muitas inquietações dessa manhã. Aquilo que assobiava, aquilo que tentava assobiar (nunca fui muito entoado), era o estilo crioulo de La tapera, de Elías Regules. O estilo me conduziu a um pátio já desaparecido e à memória de Álvaro Mellián Lafinur, morto há muitos anos. Em seguida, vieram as palavras. Eram as da décima desde o princípio. A voz não era a de Álvaro, mas queria parecer-se com a de Álvaro. Reconheci-a com horror.

Aproximei-me e disse-lhe:

— O senhor é uruguaio ou argentino?

— Argentino, mas desde o ano de catorze vivo em Genebra — foi a resposta.

Houve um silêncio longo. Perguntei-lhe?

— No número dezessete da Malagnou, em frente à igreja russa?

Respondeu-me que sim.

— Nesse caso — disse-lhe resolutamente —, o senhor se chama Jorge Luis Borges. Eu também sou Jorge Luis Borges. Estamos em 1969, na cidade de Cambridge.

— Não — respondeu-me com minha própria voz um pouco distante.

Depois de um tempo, insistiu:

— Eu estou aqui em Genebra, em um banco, a alguns passos do Ródano. O estranho é que nos parecemos, mas o senhor é muito mais velho, com a cabeça grisalha.

Respondi:

— Posso te provar que não minto. Vou te dizer coisas que não pode saber um desconhecido. Em casa há uma cuia de prata com um pé de serpentes, que trouxe do Peru nosso bisavô. Há também uma bacia de prata, que pendia do arção. No armário de quarto há duas fileiras de livros. Os três volumes das Mil e uma noites de Lane, com gravuras em aço e notas em corpo menor entre os capítulos, o dicionário latino de Quicherat, a Germânia de Tácito em latim e na versão de Gordon, um Dom Quixote da editora Garnier, as Tablas de Sangre de Riviera Indarte, com a dedicatória do autor, o Sartor Resartus de Carlyle, uma biografia de Amiel e, escondido atrás dos demais, um livro em brochura sobre os costumes sexuais dos povos balcânicos. Não esqueci tampouco um entardecer em um primeiro andar da praça Dubourg.

— Dufour — corrigiu.

— Está bem. Dufour. Te basta tudo isso?

— Não — respondeu. — Essas provas não provam nada. Se eu o estou sonhando, é natural que o senhor saiba o que sei. Seu catálogo prolixo é totalmente vão.

A objeção é justa. Respondi:

— Se esta manhã e este encontro são sonhos, cada um de nós tem de pensar que o sonhador é ele. Talvez deixemos de sonhar, talvez não. Nossa evidente obrigação, enquanto isso, é aceitar o sonho, como aceitamos o universo e termos sido gerados e ver com os olhos e respirar.

— E se o sonho durasse? — disse com ansiedade.

Para tranqüilizá-lo e tranqüilizar-me, fingi uma serenidade que certamente eu não sentia. Disse-lhe:

— Meu sonho já durou setenta anos. Afinal de contas, ao rememorar, não há pessoa que não se encontre consigo mesma. É o que nos está acontecendo agora, só que somos dois. Não queres saber alguma coisa de meu passado, que é o futuro que te espera?

Assentiu sem uma palavra. Prossegui, um pouco perdido:

— A mãe está saudável e bem, em sua casa da Charcas com a Maipú, em Buenos Aires, mas o pai morreu há uns trinta anos. Morreu do coração. Uma hemiplegia o liquidou; a mão esquerda posta sobre a mão direita como a mão de uma criança sobre a mão de um gigante. Morreu com impaciência de morrer, mas sem uma queixa. Nossa avó havia morrido na mesma casa. Alguns dias antes do fim, chamou-nos a todos e disse: “Sou uma mulher muito velha que está morrendo muito devagar. Que ninguém se perturbe por uma coisa tão comum e corrente”. Norah, tua irmã, casou-se e tem dois filhos. A propósito, em casa como estão?

— Bem. O pai sempre com seus gracejos contra a fé. Ontem à noite disse que Jesus era como os gaúchos, que não querem comprometer-se, e que, por isso, pregava por meio de parábolas:

Vacilou e disse:

— E o senhor?

— Não sei o número de livros que escreverás, mas sei que são muitos. Escreverás poesias que te darão uma satisfação não partilhada e contos de índole fantástica. Darás aulas como teu pai e como tantos outros de teu sangue.

Agradou-me que nada perguntasse sobre o fracasso ou êxito dos livros. Mudei de tom e prossegui:

— No que se refere à História... Houve uma guerra, quase entre os mesmos antagonistas. A França não tardou a capitular; a Inglaterra e a América travaram contra um ditador alemão, que se chamava Hitler, a cíclica batalha de Waterloo. Buenos Aires, por volta de mil novecentos e quarenta e seis, engendrou outro Rosas, bastante parecido com nosso parente. Em cinqüenta e cinco, a província de Córdoba nos salvou, como antes Entre Rios. Agora, as coisas andam mal. A Rússia está se apoderando do planeta; a América, presa pela superstição da democracia, não se decide a ser um império. Cada dia que passa nosso país está mais provinciano. Mais provinciano e mais presunçoso, como se fechasse os olhos. Não me surpreenderia se o ensino do latim fosse substituído pelo do guarani.

Notei que mal me prestava atenção. O medo elementar do impossível, e no entanto certo, aterrorizava-o. Eu, que não fui pai, senti por esse pobre moço, mais íntimo que um filho de minha carne, uma onda de amor. Vi que apertava entre as mãos um livro. Perguntei-lhe qual era:

— Os possessos ou, segundo creio, Os demônios, de Fiodor Dostoievski — replicou-me não sem vaidade.

— Já o esqueci. Como é?

Nem bem o disse, senti que a pergunta era uma blasfêmia.

— O mestre russo — sentenciou — penetrou mais do que ninguém nos labirintos da alma eslava.

Essa tentativa retórica pareceu-me uma prova de que se havia acalmado.

Perguntei-lhe que outros volumes do mestre havia folheado.

Enumerou dois ou três, entre eles O sósia.

Perguntei-lhe se, ao lê-los, distinguia bem os personagens, como no caso de Joseph Conrad, e se pensava prosseguir o exame da obra completa.

— A verdade é que não — respondeu com certa surpresa.

Perguntei-lhe o que estava escrevendo e disse-me que preparava um livro de versos que se intitularia Los Himnos Rojos. Também havia pensado em Los Ritmos Rojos.

— Por que não? — disse-lhe. — Podes alegar bons antecedentes. O verso azul de Rubén Darío e a canção gris de Verlaine.

Sem me dar atenção, esclareceu que seu livro cantaria a fraternidade entre todos os homens. O poeta de nosso tempo não pode voltar as costas a sua época.

Fiquei pensando e perguntei-lhe se verdadeiramente se sentia irmão de todos. Por exemplo, de todos os empresários de pompas fúnebres, de todos os carteiros, de todos os mergulhadores, de todos os que vivem nas casas de números pares, de todos os afônicos, etcétera. Disse-me que seu livro se refere à grande massa dos oprimidos e dos parias.

— Tua massa de oprimidos e párias — respondi — é apenas uma abstração. Só os indivíduos existem, se é que existe alguém. “O homem de ontem não é o homem de hoje”, sentenciou algum grego. Nós dois, neste banco de Genebra ou Cambridge, somos talvez a prova.

Salvo nas severas páginas da História, os fatos memoráveis prescindem de frases memoráveis. Um homem a ponto de morrer quer se lembrar de uma gravura entrevista na infância; os soldados que estão prestes a entrar na batalha falam do bairro ou do sargento. Nossa situação era única e, francamente, não estávamos preparados. Falamos, fatalmente, das letras; temo não haver dito outras coisas que as que costumo dizer aos jornalistas. Meu alter ego acreditava na invenção ou descobrimento de metáforas novas; eu, nas que correspondem a afinidades íntimas e notórias e que nossa imaginação já aceitou. A velhice dos homens e o ocaso, os sonhos e a vida, o correr do tempo e da água. Expus-lhe essa opinião, que haveria de expor em um livro anos depois.

Quase não me escutava. De repente, disse:

— Se o senhor foi eu, como explicar que tenha esquecido seu encontro com um senhor de idade que, em 1918, disse-lhe que também era Borges?

Não havia pensado nessa dificuldade. Respondi, sem convicção:

— Talvez o fato tenha sido tão estranho que eu procurei esquecê-lo.

Aventurou uma tímida pergunta:

— Como anda sua memória?

Compreendi que, para um moço não havia completado vinte anos, um homem de mais de setenta era quase um morto. Respondi:

— Costuma parecer-se com o esquecimento, mais ainda encontra o que lhe pedem. Estou estudando anglo-saxão e não sou o último da classe.

Nossa conversa já havia durado demais para ser a de um sonho.

Uma súbita idéia me ocorreu.

— Eu posso te provar imediatamente — disse-lhe — que não estás sonhando comigo. Ouve bem este verso, que nunca leste, que eu me lembre.

Lentamente entoei a famosa linha:

— “L’hydre-univers tordant son corps écaillé d’astres”.

— É verdade — balbuciou. — Eu nunca poderei escrever uma linha como essa.

Hugo nos havia unido.

Antes, ele havia repetido com fervor, agora recordo, aquele breve fragmento em que Walt Whitman rememora uma compartilhada noite diante do mar em que realmente foi feliz.

— Se Whitman a cantou — observei — é porque a desejava e não aconteceu. O poema ganha se adivinharmos que é a manifestação de um anseio, não a história de um fato.

Ficou me olhando.

— O senhor não o conhece — exclamou. — Whitman é incapaz de mentir.

Meio século não passa em vão. Com nossa conversa sobre pessoas de leitura de miscelânea e gostos diversos, compreendi que não podíamos entender-nos. Éramos demasiado diferentes e demasiado parecidos. Não podíamos enganar-nos, o que torna difícil o diálogo. Cada um dos dois era o arremedo caricaturesco do outro. A situação era muito anormal para durar mais tempo. Aconselhar ou discutir era inútil, porque seu inevitável destina era ser o que sou.

De repente, lembrei uma fantasia de Coleridge. Alguém sonha que atravessa o paraíso e lhe dão como prova uma flor. Ao despertar, ali está a flor.

Ocorreu-me artifício semelhante.

— Ouve-me — disse-lhe —, tens algum dinheiro?

— Sim — replicou-me. — Tenho uns vinte francos. Esta noite convidei Simon Jichlinski para jantar no Crocodile.

— Diz a Simon que exercerá medicina em Carouge e que fará muito bem... Agora, me dá uma de tuas moedas.

Tirou três escudos de prata e algumas moedas menores. Sem compreender, ofereceu-me um dos primeiros.

Eu lhe estendi uma dessas imprudentes notas americanas que têm valor muito diferente e o mesmo tamanho. Examinou-a com avidez.

— Não pode ser — gritou. — Traz a data de mil novecentos e sessenta e quatro.

(Meses depois, alguém me disse que as notas de banco não têm data.)

— Tudo isso é um milagre — conseguiu dizer — e o milagroso dá medo. Aqueles que foram testemunhas da ressurreição de Lázaro terão ficado horrorizados.

Não mudamos nada, pensei. Sempre as referências livrescas.

Fez a nota em pedaços e guardou a moeda.

Eu resolvi lançá-la ao rio. O arco do escudo de prata perdendo-se no rio de prata teria conferido a minha história uma imagem vívida, mas a sorte não quis assim.

Respondi que o sobrenatural, se ocorre duas vezes, deixa de ser aterrador. Propus a ele que nos víssemos no dia seguinte, neste mesmo banco que está em dois tempos e dois lugares.

Assentiu logo e me disse, sem olhar o relógio, que já era tarde. Os dois mentíamos e cada qual sabia que seu interlocutor estava mentindo. Disse-lhe que viriam buscar-me.

— Buscá-lo? — interrogou.

— Sim. Quando chegares a minha idade, terás perdido quase por completo a visão. Verás a cor amarela e sombras e luzes. Não te preocupes. A cegueira gradual não é uma coisa trágica. É como um lento entardecer de verão.

Despedimo-nos sem nos termos tocado. No dia seguinte, não fui. O outro tampouco terá ido.

Meditei muito sobre esse encontro, que não contei a ninguém. Creio ter descoberto a chave. O encontro foi real, mas o outro conversou comigo em um sonho e foi assim que pôde esquecer-me; eu conversei com ele na vigília e ainda me atormenta a lembrança.

O outro me sonhou, mas não me sonhou rigorosamente. Sonhou, agora o entendo, a impossível data no dólar.

(BORGES, Jorge Luis. O outro. In: O livro de areia. Obras completas: volume III. Tradução por: Lígia Morrone Averbuck. Rio de Janeiro: Globo. 1999).



...

Arte Poética

Tradução de Rolando Roque da Silva
(Poesia Filosofica)



Mirar o rio, que é de tempo e água,


E recordar que o tempo é outro rio,

Saber que nos perdemos como o rio

E que passam os rostos como a água.



E sentir que a vigília é outro sonho

Que sonha não sonhar, sentir que a morte,

Que a nossa carne teme, é essa morte

De cada noite, que se chama sonho.



E ver no dia ou ver no ano um símbolo

Desses dias do homem, de seus anos,

E converter o ultraje desses anos

Em uma música, um rumor e um símbolo.



E ver na morte o sonho, e ver no ocaso

Um triste ouro, e assim é a poesia,

Que é imortal e pobre. A poesia

Retorna como a aurora e o ocaso.



Às vezes, pelas tardes, uma face

Nos observa do fundo de um espelho;

A arte deve ser como esse espelho

Que nos revela nossa própria face.



Contam que Ulisses, farto de prodígios,

Chorou de amor ao avistar sua Ítaca

Humilde e verde. A arte é essa Ítaca

De um eterno verdor, não de prodígios.



Também é como o rio interminável

Que passa e fica e que é cristal de um mesmo

Heráclito inconstante que é o mesmo

E é outro, como o rio interminável.