sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

OS TRÊS ÚLTIMOS DESEJOS DE ALEXANDRE, O GRANDE

Quando à beira da morte, Alexandre convocou os seus generais e relatou seus três últimos desejos:

1 - que seu caixão fosse transportado pelas mãos dos médicos da época;

2 - que fossem espalhados no caminho até seu túmulo os seus tesouros conquistados (prata, ouro, pedras preciosas...);

3 - que suas duas mãos fossem deixadas balançando no ar, fora do caixão, à vista de todos.


Um dos seus generais, admirado com esses desejos insólitos, perguntou a Alexandre quais as razões.

Alexandre explicou:


1 - Quero que os mais iminentes médicos carreguem meu caixão para mostrar que eles NÃO têm poder de cura perante a morte;

2 - Quero que o chão seja coberto pelos meus tesouros para que as pessoas possam ver que os bens materiais aqui conquistados, aqui permanecem;

3 - Quero que minhas mãos balancem ao vento para que as pessoas possam ver que de mãos vazias viemos e de mãos vazias partimos.

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É muito interessante mesmo!





- Sabemos que os médicos podem no máximo ministrar um tratamento adequado às moléstias, mas quem cura mesmo é Deus, e as vezes elas podem servir de veículo para nos levar para próximo Dele;



- Todos os bens materiais que conquistamos nesse mundo é transitório e mudam de mãos facilmente;



- Chegamos e saímos desse mundo do mesmo modo, 'SEM NADA', porque até hoje nunca se viu um caminhão de mudança acompanhar o morto para a eternidade.



Por: angel sexta as 14:45hs

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

A Oração ao Deus Desconhecido - Nietzche

Antes de prosseguir em meu caminho
e lançar o meu olhar para frente uma vez mais,
elevo, só, minhas mãos a Ti na direção de quem eu fujo.
A Ti, das profundezas de meu coração,
tenho dedicado altares festivos para que, em
Cada momento, Tua voz me pudesse chamar.
Sobre esses altares estão gravadas em fogo estas palavras:
“Ao Deus desconhecido”.
Seu, sou eu, embora até o presente tenha me associado aos sacrílegos.
Seu, sou eu, não obstante os laços que me puxam para o abismo.
Mesmo querendo fugir, sinto-me forçado a servi-lo.
Eu quero Te conhecer, desconhecido.
Tu, que me penetras a alma e, qual turbilhão, invades a minha vida.
Tu, o incompreensível, mas meu semelhante,
quero Te conhecer, quero servir só a Ti.

[Friedrich Nietzche]

(Traduzida do alemão por Leonardo Boff)

angel.

CARAS E BOCAS





Bom diaaaaaaaaaaaa!!!

hj o dia está perfeito.

angel.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Praga, linda e muita cultura...






Praga mantém charme medieval enquanto se consolida como a metrópole do Leste Europeu

Praga é a grande metrópole do Leste Europeu. Não tanto pelo tamanho (cerca de 1,3 milhão de habitantes), mas por suas características econômicas, seu engajamento político e suas qualificações culturais e artísticas --foi uma das cidades européias consagradas com o título de Metrópole da Cultura no ano 2000.

Atualmente investe muito no turismo, encarado como a grande fonte de captação de receita que é. Seus habitantes, bem mais do que no resto do país, estão aprendendo inglês e hoje já estão bem íntimos das "maravilhas do mundo ocidental".

Nada disso afeta o charme medieval e as peculiaridades de uma então pequena cidade que já foi subordinada a um império comunista. Igrejas, castelos, cemitérios, pontes, ruas, casas históricas. Felizmente, com todas as guerras, revoluções e primaveras testemunhadas, Praga ainda reina majestosamente intacta e vibrante.

Em Praga, o verão é ameno e o inverno costuma ser rigoroso, com bastante neve. Chuva já foi um grande problema, quando, no verão de 2002, a República Tcheca sofreu uma das piores enchentes de sua história --da qual ainda se recupera, com prédios em reforma devido aos estragos. Felizmente uma precipitação tão radical assim é bastante rara. Em Praga, espere por uma temperatura média de 18°C a 24°C, em julho e agosto, de -5°C a 3°C, em janeiro e dezembro, e de 8° a 18ºC, em maio e setembro.

No campo da literatura, a República Tcheca --com a tradição da leitura-- se destaca com pelo menos dois célebres escritores internacionalmente reconhecidos: Franz Kafka, autor de, entre outras obras, "A Metamorfose", e Milan Kundera, de "A Insustentável Leveza do Ser".

Outro característica que costuma atrair turistas de todo o mundo é a vida noturna de Praga. Os clubes da cidade têm investido em aparatos de som, luzes, espaço físico e DJs importados, inclusive brasileiros. Baladas e atividades gays também são populares, consulte o site www.prague.gayguide.net. (Do Guia da Europa)

angel - cultural

Declaração do IR começa no dia 3 de março

Tributos

Jeferson Ribeiro
Direto de Brasília

O contribuinte poderá fazer sua declaração de Imposto de Renda a partir do dia 3 de março, quando estarão disponíveis os formulários nos Correios e o programa de declaração da Internet. São obrigadas a declarar as pessoas que tiveram rendimentos anuais acima de R$ 15.764,28. A Receita Federal do Brasil (RFB) espera receber 24,5 milhões de declarações. O contribuinte terá até 30 de abril para prestar contas ao Leão.

» Saiba mais sobre o IR 2008
» Receita vai exigir número da declaração passada
» Dedução de doméstica não pode ser feita no papel
» Opine sobre o assunto

As declarações podem ser entregues em disquete no Banco do Brasil e na Caixa Econômica Federal, pela Internet por meio do programa oferecido pela Receita Federal ou ainda por meio de formulários que podem ser adquiridos por R$ 3,50 nas agências dos Correios.

A declaração pode ser feita pelos modelos completo ou simplificado. No primeiro caso, o contribuinte pode se beneficiar das deduções previstas pela Receita. Quem opta pela apresentação simplificada dos dados abre mão das deduções.

Deve declarar o Imposto de Renda Pessoa Física 2008, ano base 2007, o contribuinte que:

- teve rendimentos acima de R$ 15.764,28;
- teve rendimentos isentos, não-tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte superiores a R$ 40 mil;
- tinha, em seu nome, bens com valor superior a R$ 80 mil, inclusive terra nua, até 31 de dezembro de 2007;
- participou, em qualquer mês do ano, do quadro de sócios de empresa como titular, sócio ou acionista, ou de cooperativa;
- obteve, em qualquer mês, ganho de capital na alienação de bens ou direitos, sujeitos à tributação, ou realizou operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros ou similares;
- é produtor rural e teve renda bruta superior a R$ 78.821,40 ou pretenda compensar prejuízos de declarações anteriores na atual;
- passou, em qualquer mês, à condição de residente no Brasil e assim permaneceu até 31 de dezembro.

Novidades
A Receita Federal está restringindo ainda mais o uso de formulários de papel para declaração de Imposto de Renda. Para esse ano, os contribuintes não poderão usar o papel para declarar seus rendimentos se tiverem feito parte do quadro societário de empresas; ou tenham recebido rendimentos tributáveis de pessoas físicas ou do exterior; pessoas que pretendam se beneficiar da dedução patronal à Previdência Social pelo empregado doméstico; e aqueles que efetuaram doação a partidos políticos ou a candidatos.

A mudança que pode provocar maior confusão é a exigência de apresentação do número de recibo da última declaração no momento da entrega dos dados desse ano. A maioria dos contribuintes não guarda essa informação, e a Receita resolveu exigi-la agora.

O contribuinte que usar dependentes para isenção terá que informar o CPF daqueles que tiverem mais de 18 anos. Segundo o supervisor nacional do Programa do Imposto de Renda, Joaquim Adir, só no ano passado, com a exigência de informar o CPF dos dependentes acima dos 21 anos, a Receita reduziu em 2,4 milhões o número de dependentes. Agora, a redução será um pouco menor, segundo ele.

As principais mudanças para 2008 são:

- para tributação simplificada, os rendimentos recebidos de pessoas físicas (aluguel, por exemplo) serão declarados mês a mês;
- será obrigatório informar o número do recibo da última declaração entregue;
- foram criadas novas restrições para a declaração em formulário de papel;
- as informações de pagamentos e doações terão que incluir o número do CPF ou CNPJ do beneficiário;
- o endereço preenchido na declaração será comparado com o constante no CPF do contribuinte. Em caso de divergência, a correção será obrigatória;
- será exigido o preenchimento do CPF para os dependentes maiores de 18 anos em 31 de dezembro;
- caso o contribuinte tenha pendências com a Receita, receberá a informação no rodapé do recibo da declaração do Imposto de Renda.


Todos os direitos reservados. fonte: www.terra.com.br

**Dicas para não perder na Declaração

angel.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Buquês de Rosas







A rosa é uma das flores mais populares no mundo, cultivada desde a Antigüidade. A primeira rosa cresceu nos jardins asiáticos há 5.000 anos. Na sua forma selvagem, a flor é ainda mais antiga. Fosseis dessas rosas datam de há 35 milhões de anos.

Cientificamente, as rosas pertencem à família Rosaceae e ao gênero Rosa, com mais de 100 espécies, e milhares de variedades, híbridos e cultivares. São arbustos ou trepadeiras, providos de acúleos. As folhas são simples, partidas em 5 ou 7 lóbulos de bordos denteados. As flores, na maior parte das vezes, são solitárias. Apresentam originalmente 5 pétalas, muitos estames e um ovário ínfero. Os frutos são pequenos, normalmente vermelhos, algumas vezes comestíveis.

Atualmente, as rosas cultivadas estão disponíveis em uma variedade imensa de formas, tanto no aspecto vegetativo como no aspecto floral. As flores, particularmente, sofreram modificações através de cruzamentos realizados ao longo dos séculos para que adquirissem suas características mais conhecidas: muitas pétalas, forte aroma e cores das mais variadas.

O gosto pelas flores como as rosas atravessou séculos culturas e hoje o uso do buquê de rosas é muito popular em datas importantes como o dia dos namorados, aniversários, dia das mães, dia das secretárias e comemorações.
Cada rosa tem uma cor com significados especiais. De acordo com o buquê de rosas que você oferece, está demonstrando um sentimento especial.

Significados das cores das Rosas:

Rosa Vermelha - amor, paixão
Rosa Amarela - felicidade, amizade
Rosa Rosa - amizade, carinho
Rosa Chá - respeito, admiração
Rosa Branca - pureza, paz
Rosa Laranja - fascínio, encanto
Rosa Champagne - admiração, reverência

Algumas dicas:

Para presentear moças muito jovens, prefira as rosas brancas, as amarelas ou rosas.

Para senhoras de idade, prefira as rosas laranja, rosa-chá, champagne ou cor de rosa.

** Ótimo receber flores pela manha

angel.

Nós Nos Tornamos Naquilo que Amamos - A.W. Tozer

Estamos todos num processo de transformação. Já saímos daquilo que éramos e chegamos a esta posição onde estamos; agora estamos caminhando para aquilo que seremos.
Saber que nosso caráter não é sólido e imutável e, sim, flexível e maleável não é, em si, uma idéia que incomoda. De fato, a pessoa que conhece a si mesma pode receber grande consolo ao compreender que não está petrificada no seu estado atual; que é possível deixar de ser aquilo que se envergonha de ter sido até então; e que pode caminhar em direção à transformação que seu coração tanto almeja.
O que perturba não é o fato de estarmos em transformação, e sim no quê estamos nos tornando; não é problema o estarmos em movimento, precisamos saber para onde estamos nos movendo. Pois não está na natureza humana mover-se num plano horizontal; ou estamos subindo ou descendo, alçando vôo ou afundando. Quando um ser moral (com o poder de escolha) se desloca de uma posição a outra, necessariamente é para o melhor ou para o pior.
Isto é confirmado por uma lei espiritual revelada no Apocalipse: “Continue o injusto fazendo injustiça, continue o imundo ainda sendo imundo; o justo continue na prática da justiça, e o santo continue a santificar-se” (Ap 22.11).
Não só estamos todos num processo de transformação, mas estamos nos tornando naquilo que amamos. Em grande medida, somos a somatória de tudo que amamos e, por necessidade moral, cresceremos na imagem daquilo que mais amamos; pois o amor, entre outras coisas, é uma afinidade criativa; muda, molda, modela e transforma. É sem dúvida o mais poderoso agente que afeta a natureza humana depois da ação direta do Espírito Santo dentro da alma.
O objeto do nosso amor, então, não é um assunto insignificante a ser desprezado. Pelo contrário, é de importância atual, crítica e permanente. É profético do nosso futuro. Mostra-nos o que seremos e, desta forma, prediz com precisão nosso destino eterno.
Amar objetos errados é fatal para o crescimento espiritual; torce e deforma a vida e torna impossível a imagem de Cristo se formar na alma humana. É somente quando amamos as coisas certas que nós mesmos podemos estar certos; e é somente enquanto continuamos amando-as que podemos nos deslocar lenta, mas firmemente, em direção aos objetos da nossa afeição purificada.
Isto nos dá em parte (e somente em parte) uma explicação racional para o primeiro e grande mandamento: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento” (Mt 22.37).
Tornar-se semelhante a Deus é, e precisa ser, o supremo objetivo de toda criatura moral. Esta é a razão da sua criação, a finalidade sem a qual não existiria nenhuma desculpa para sua existência. Deixando de fora, no momento, aqueles estranhos e belos seres celestiais a respeito dos quais conhecemos tão pouco (os anjos), concentraremos nossa atenção na raça caída da humanidade. Criados originalmente na imagem de Deus, não permanecemos no nosso estado original, deixamos nossa habitação apropriada, ouvimos os conselhos de Satanás e andamos de acordo com o curso deste mundo e com o espírito que agora opera nos filhos da desobediência.
Mas Deus, que é rico em misericórdia, com seu grande amor com que nos amou, mesmo quando estávamos mortos em nossos pecados, proveu-nos expiação. A suprema obra de Cristo na redenção não foi salvar-nos do inferno, mas restaurar-nos à semelhança de Deus, ao propósito declarado em Romanos 8: “Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho” (Rm 8.29).
Embora a perfeita restauração à imagem divina aguarda o dia do aparecimento de Cristo, a obra da restauração está em andamento agora. Há uma lenta, porém firme, transmutação do vil e impuro metal da natureza humana para o ouro da semelhança divina, que ocorre quando a alma contempla com fé a glória de Deus na face de Jesus Cristo (2Co 3.18).

Supremo Amor a Deus

Neste ponto, seria proveitoso antecipar uma dificuldade e tentar esclarecê-la. É a
questão que surge de um conceito errado sobre o amor. Este conceito errado pode ser definido mais ou menos assim: O amor é volúvel, imprevisível e quase totalmente fora do nosso controle. Surge espontaneamente e tanto pode perdurar como apagar-se sozinho. Como, então, podemos controlar nosso amor? Como podemos direcioná-lo para objetos mais ou menos dignos? E, especialmente, como podemos obrigá-lo a focalizar-se em Deus como o objeto apropriado e permanente da sua devoção?
Se o amor fosse, de fato, imprevisível e além do nosso controle, estas perguntas não teriam respostas satisfatórias e nossa perspectiva seria desoladora. A simples verdade, entretanto, é que o amor espiritual não é esta emoção caprichosa e irresponsável que as pessoas pensam erroneamente que é. O amor é servo da nossa vontade e sempre terá de ir para onde for enviado e fazer o que lhe foi ordenado.
A expressão romântica “apaixonar-se” nos deu a noção que somos obrigatoriamente vítimas das flechas do Cupido e que não podemos ter controle algum sobre nossos sentimentos. Os jovens hoje esperam se apaixonar e ser arrebatados por uma tempestade de emoções deliciosas. Inconscientemente, estendemos este conceito de amor à nossa relação com o Criador e nos perguntamos: Como podemos nos obrigar a amar a Deus acima de todas as coisas?
A resposta a esta pergunta, e a todas as outras relacionadas a ela, é que o amor que temos por Deus não é o amor do sentir, mas o amor do querer. O amor está dentro do nosso poder de escolha, de outra forma não teríamos na Bíblia a ordem de amar a Deus, nem teríamos de prestar contas por não amá-lo.
A mistura do ideal de amor romântico com o conceito de como nos relacionar com Deus foi extremamente prejudicial às nossas vidas cristãs. A idéia de que é necessário “apaixonar-se” por Deus, como algo passivo da nossa parte, fora do nosso controle, é uma atitude ignóbil, antibíblica, indigna da nossa parte e que certamente não traz honra alguma ao Deus Altíssimo. Não chegamos ao amor por Deus através de uma repentina visitação emotiva. O amor por Deus vem do arrependimento, de um desejo de mudar o rumo da vida e de uma determinação resoluta de amá-lo. À medida que Deus entra de maneira mais completa no foco do nosso coração, nosso amor por ele pode, de fato, expandir-se e crescer dentro de nós até varrer, qual enchente, tudo que estiver à sua frente.
Mas não devemos esperar por esta intensidade de sentimento. Não somos responsáveis por sentir, somos responsáveis por amar, e o verdadeiro amor espiritual começa com o querer. Devemos fixar nosso coração para amar a Deus acima de todas as coisas, por mais frio ou duro que este possa estar, e depois confirmar nosso amor através de cuidadosa e alegre obediência à sua Palavra. Emoções prazerosas certamente seguirão. Cânticos de passarinhos e flores não produzem a primavera, mas quando a primavera chega todos estes sinais a acompanharão.
Agora, apresso-me em negar qualquer identificação com a idéia popular de salvação por esforço humano ou força de vontade. Estou radicalmente oposto a toda forma de doutrina, com “capa” cristã, que ensina a depender da “força latente dentro de nós,” ou a confiar em “pensamento criativo” no lugar do poder de Deus. Todas estas filosofias infundadas falham exatamente no mesmo ponto – por presumirem erroneamente que a correnteza da natureza humana possa ser levada a voltar e subir as cataratas no sentido contrário. Isto é impossível. “A salvação vem do Senhor.”
Para ser salvo, o homem perdido precisa ser alcançado pelo poder de Deus e elevado a um nível superior. Precisa haver uma transmissão de vida divina no mistério do novo nascimento, antes de poder aplicar à sua vida as palavras do apóstolo: “E todos nós, que com a face descoberta contemplamos a glória do Senhor, segundo a sua imagem estamos sendo transformados com glória cada vez maior, a qual vem do Senhor, que é o Espírito” (2Co 3.18, NVI).
Ficou estabelecido aqui, espero, que a natureza humana está num processo de formação e que vai progressivamente se transformando na imagem daquilo que ama. Homens e mulheres são amoldados por suas afeições e poderosamente afetados pelo desenho artístico daquilo que amam. Neste mundo adâmico e caído, isto produz diariamente tragédias de proporções cósmicas. Pense no poder que transformou um garotinho inocente, de bochechas rosadas, num Nero ou num Hitler. E Jezabel, será que sempre foi a mulher maldita cuja cabeça nem os cachorros quiseram comer? Não! No princípio, ela também sonhou com a pureza de uma garotinha e se enrubescia ao pensar no amor sentimental; mas logo ficou atraída por coisas perversas, admirava-as e finalmente passou a amá-las. Aí a lei da afinidade moral tomou conta e Jezabel, como argila na mão do oleiro, se tornou aquele ser deformado e odioso que os eunucos jogaram pela janela (2 Rs 9.30-37).

Objetos Morais Dignos do Nosso Amor

Nosso Pai celestial proveu para seus filhos objetos morais e dignos de serem admirados e amados. São para Deus como as cores no arco-íris em volta do trono. Não são Deus, porém estão mais próximos a Deus; não podemos amá-lo sem amar estas coisas e à medida que as amarmos, seremos capacitados a amá-lo ainda mais. Quais são elas?
A primeira é justiça. Nosso Senhor Jesus amava justiça e odiava iniqüidade (Hb 1.9). Por esta razão, Deus o ungiu com o óleo da alegria acima de todos seus companheiros. Aqui temos um padrão definido. Amar implica também em odiar. O coração atraído à justiça será repelido pela iniqüidade no mesmo grau de intensidade; esta repulsão moral é ódio. A pessoa mais santa é aquela que mais ama a justiça e que odeia o mal com o ódio mais perfeito.
Depois vem a sabedoria. Temos a palavra “filosofia,” que vem dos gregos e significa o amor à sabedoria; porém os profetas hebreus vieram antes dos filósofos gregos e seu conceito de sabedoria era muito mais elevado e espiritual do que qualquer coisa que se conhecesse na Grécia. A literatura da sabedoria no Velho Testamento – Provérbios, Eclesiastes e alguns dos Salmos – pulsa com um amor à sabedoria desconhecido até por Platão.
Os escritores do Velho Testamento colocam a sabedoria num plano tão elevado que às vezes mal conseguimos distinguir a sabedoria que vem de Deus da sabedoria que é Deus. Os hebreus anteciparam por alguns séculos o conceito grego de Deus como a essência da sabedoria, embora seu conceito da sabedoria fosse mais moral do que intelectual. Para os hebreus, o homem sábio era o homem bom e piedoso, e sabedoria na sua maior nobreza era amar a Deus e guardar seus mandamentos. O pensador hebreu não conseguia separar sabedoria de justiça.
Um outro objeto para o amor cristão é a verdade. Aqui também teremos dificuldade em separar a verdade de Deus da sua pessoa. Cristo disse: “Eu sou a verdade,” e ao dizer isso, uniu verdade com a divindade de forma indissolúvel. Amar a Deus é amar a verdade, e amar a verdade com ardor constante é crescer em direção à imagem da verdade e afastar-se da mentira e do erro.
Não é necessário tentar relacionar todas as outras coisas boas e santas que Deus aprovou como nossos modelos. A Bíblia as coloca diante de nós: misericórdia, bondade, pureza, humildade, compaixão e muitas outras, e aqueles que forem ensinados pelo Espírito saberão o que fazer a respeito delas.
Em síntese, devemos amar e cultivar interesse em tudo que é moralmente belo. Foi por isto que Paulo escreveu aos filipenses: “Finalmente, irmãos, tudo o que for verdadeiro, tudo o que for nobre, tudo o que for correto, tudo o que for puro, tudo o que for amável, tudo o que for de boa fama, se houver algo de excelente ou digno de louvor, pensem nessas coisas” (Fp 4.8).


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Extraído do livro God Tells the Man Who Cares (Deus Conta ao Homem Que se Importa), de A. W. Tozer. Jornal Aralto, ano 21 n°1.


angel.

A Cruz de Cristo - J.C. Ryle

O que você pensa acerca da cruz de Cristo? Talvez você considere esta questão como algo de somenos importância; não obstante, dela depende intensamente o bem-estar eterno de sua alma.
Há mil e oitocentos anos atrás, houve um homem que disse gloriar-se na cruz de Cristo. Foi alguém que revirou o mundo de cabeça para baixo pelas doutrinas que pregava. De todos os homens que já viveram neste mundo, foi ele quem mais contribuiu para o estabelecimento do Cristianismo. E mesmo assim, foi este homem quem disse aos Gálatas:
“Longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo”, Epístola de Paulo Aos Gálatas 6.14
Leitor, a “cruz de Cristo” deve ser um assunto verdadeiramente importante para que um apóstolo inspirado fale de tal forma sobre ela. Deixe-me tentar demonstrar-lo o verdadeiro significado desta expressão. Uma vez reconhecendo o que significa a cruz de Cristo, com a ajuda de Deus você se tornará capaz de perceber a importância dela para a sua alma.
A palavra cruz, na Bíblia, algumas vezes faz referência à cruz de madeira na qual o Senhor Jesus foi cravado e posto para morrer, no Calvário. Isto é precisamente o que São Paulo tinha em sua mente quando falou aos Filipenses que Cristo “foi obediente até a morte, e morte de cruz” (Fp 2.8). Contudo, esta não era a cruz na qual São Paulo se gloriava. Ele esquivar-se-ia com horror da idéia de gloriar-se em um mero pedaço de madeira. Eu não tenho quaisquer dúvidas de que ele denunciaria a adoração católica romana do crucifixo como profana, blasfema e idolátrica.
A cruz, em outras vezes, é atinente às aflições e provações que os crentes atravessam pela causa da religião que professam, quando seguem a Cristo fielmente. Este é o sentido no qual nosso Senhor usa a palavra, quando diz: “Aquele que não toma a sua cruz, e segue-me, não é digno de mim” (Mt 10.38). Este também é o sentido no qual Paulo usa a palavra quando escreve aos Gálatas. Ele conhecia bem esta cruz. Deveras, ele a carregava pacientemente; no entanto, também não é sobre isto que ele está falando aqui.
Mas a palavra cruz também se refere, em alguns outros lugares da Escritura, à doutrina de que Cristo morreu pelos pecadores sobre a cruz, – a expiação que Ele fez pelos pecadores, por Seus sofrimentos em favor deles sobre a cruz – o completo e perfeito sacrifício pelo pecado que Jesus ofereceu quando deu Seu próprio corpo para ser crucificado. Em suma, este termo, “a cruz”, aponta para Cristo crucificado, o único Salvador. Este é o significado no qual Paulo usa a expressão, quando fala aos coríntios: “A pregação da cruz é loucura para os que perecem” (1Co 1.18). E este também é o significado do que ele escreveu aos Gálatas: “Longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo”. Ele está dizendo simplesmente isto: “Eu não me glorio em nada mais, exceto em Cristo crucificado, como a salvação de minha alma”.
Leitor, Jesus Cristo crucificado era a alegria e o deleite, o conforto e a paz, a esperança e a confiança, a fundação e o lugar de descanso, a arca e o refúgio, o alimento e o remédio da alma de Paulo. Ele não considerava que teria de executar algo por si mesmo ou padecer por si mesmo. Ele não era mediado por sua própria bondade e nem por sua própria retidão. Ele amava pensar naquilo que Cristo havia feito, e naquilo que Cristo havia sofrido – a morte de Cristo, a justiça de Cristo, a expiação de Cristo, o sangue de Cristo, a obra finalizada de Cristo. Nisto, sim, ele se gloriava. Este era o sol de sua alma.
Este era o assunto que sobre o qual ele amava pregar. O apóstolo Paulo foi um homem que percorreu a terra proclamando aos pecadores que o Filho de Deus havia derramado o sangue de Seu próprio coração para salvar-lhes. Ele caminhou por todos os lugares neste mundo falando às pessoas que Jesus Cristo as amava, a ponto de morrer pelos seus pecados sobre a cruz. Observe como ele diz aos coríntios: “Eu vos entreguei o que primeiro recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados” (1Co 15.3); “eu me determinei a não saber de qualquer coisa entre vós, a não ser Jesus Cristo, e este crucificado” (1 Co 2.2). Ele – um blasfemo, fariseu perseguidor – havia sido lavado no sangue de Cristo; de tal modo a não poder deixar de sustentar sua paz sobre este sangue. Por isso ele nunca se cansava de falar da história da cruz.
Este foi o tema sobre o qual ele amava alongar-se quando escrevia aos crentes. É maravilhoso observar como suas epístolas geralmente são repletas dos sofrimentos e da morte de Cristo – como elas discorrem sobre “pensamentos que inspiram e palavras que ardem” sobre o amor e o poder das agonias de Cristo. Seu coração parece cheio deste assunto: ele discorre sobre isto constantemente e retoma o tema continuamente. É o fio de ouro que perpassa todo seu ensino doutrinário, e todas as exortações práticas. Ele parece pensar que mesmo para o cristão mais maduro nunca é demais ouvir sobre a cruz.
Foi sobre isto que ele viveu toda sua vida, desde o tempo de sua conversão. Ele diz aos gálatas: “A vida que agora eu vivo na carne, vivo-a pela fé no Filho de Deus, o qual me amou, e a si mesmo se deu por mim” (Gl 2.20). O que o faz tão forte para o labor? O que o faz tão disposto para a obra? O que o faz tão incansável em esforçar-se para salvar alguns? O que o faz tão perseverante e paciente? Eu vou dizê-lo qual o segredo disto tudo. Ele sempre se alimentava pela fé do corpo de Cristo e do sangue de Cristo. Jesus Cristo foi a comida e a bebida de sua alma.
E leitor, você pode estar convicto de que Paulo estava correto. Confiar nela, isto é, na cruz de Cristo – a morte de Cristo sobre a cruz para fazer a expiação pelos pecadores – é a verdade central ao longo de toda a Bíblia. Esta é a verdade que encontramos logo ao abrirmos no livro do Gênesis. A semente da mulher que esmagaria a cabeça da serpente – isto não é outra coisa senão uma profecia de Cristo crucificado. Deveras, esta é a verdade que brilha, por trás do véu, em toda a lei de Moisés e na história dos judeus. Os sacrifícios diários, o cordeiro pascal, o contínuo derramamento de sangue no tabernáculo e no templo – tudo isto são sombras do Cristo crucificado. E esta é a verdade que também vemos ser honrada na visão do céu, antes do fechamento do livro das Revelações: “Então, vi, no meio do trono e dos quatro seres viventes e entre os anciãos, de pé, um Cordeiro como tendo sido morto” (Ap 5.6). De fato, mesmo em meio à glória celestial nós encontramos uma visão de Cristo crucificado. Tire a cruz de Cristo, e a Bíblia será um livro obscuro. Ela seria como os hieróglifos egípcios, sem a chave que interpreta o seu significado – curiosa e maravilhosa, mas sem qualquer serventia real.
Leitor, observe bem o que eu lhe digo. Você pode conhecer uma boa porção da Bíblia. Pode conhecer os contornos das histórias nela contidas, e até a data dos eventos que a Bíblia descreve, assim como alguém pode conhecer a história da Inglaterra. Você pode conhecer os nomes dos homens e mulheres nela mencionados, assim como um homem conhece César, Alexandre o Grande, ou Napoleão. Você pode conhecer vários preceitos da Bíblia, e os admirar, assim como um homem admira Platão, Aristóteles, ou Sêneca. Mas se você ainda não descobriu que Cristo crucificado é o fundamento de cada livro, você tem lido a Bíblia até agora de modo muito pouco proveitoso. Sua religião é um céu sem um sol, um arco sem um fecho, um compasso sem uma agulha, um relógio sem molas ou números, um candeeiro sem óleo. Ela não o confortará. Ela não livrará a sua alma do inferno.
Leitor, observe mais uma vez o que eu lhe digo. Você pode conhecer bastante acerca de Cristo, tendo alguma espécie de conhecimento intelectual. Você pode conhecer bem quem Ele foi, e onde Ele nasceu, e o que Ele fez. Você pode conhecer Seus milagres, Suas falas, Suas profecias, e Suas ordenanças. Você pode saber como Ele viveu, como Ele sofreu, e como Ele morreu. Contudo, pode-se conhecer o poder da cruz de Cristo experimentando-o; deveras – a menos que você saiba e reconheça que aquele sangue derramado sobre a cruz lavou seus próprios pecados particulares, e a menos que você esteja disposto a confessar que sua salvação depende inteiramente da obra que Cristo realizou sobre a cruz – se não for esse o seu caso, Cristo não lhe será em nada proveitoso. Sim, o mero conhecimento do nome de Cristo jamais o salvará. Você deve conhecer a Sua cruz e o Seu sangue, ou então acabará morrendo em seus próprios pecados.
Leitor, enquanto você viver tome cuidado com uma religião na qual não se ouve muito da cruz. Você vive em tempos nos quais a cautela, lamentavelmente, é necessária. Cuidado, eu repito, com uma religião sem a cruz.
Há centenas de lugares de adoração nestes dias, nos quais se encontram quase todas as coisas, exceto a cruz. Há carvalhos gravados, e pedras esculpidas; há vidros coloridos, e pinturas esplêndidas; há serviços solenes, e uma constante série de ordenanças; mas a cruz real de Cristo não há. Jesus crucificado não é proclamado no púlpito. O Cordeiro de Deus não é exaltado, e a salvação mediante a fé n’Ele não é livremente proclamada. E, por conseguinte, todos estes lugares estão em erro. Leitor, acautele-se de tais lugares de adoração. Eles não são apostólicos. Eles não haveriam de satisfazer a São Paulo.
Há milhares de livros religiosos publicados hodiernamente, nos quais se acham quase todas as coisas, exceto a cruz. Eles são plenos de direcionamentos sobre os sacramentos, e louvores da Igreja; eles abundam em exortações para uma vida santa, e em regras para a consecução da perfeição; eles apresentam fartura de fontes e cruzes, tanto interna quanto externamente; mas a cruz real de Cristo é deixada de fora. O Salvador e Seu amor agonizante tampouco são mencionados, ou o são de um modo anti-escriturístico. E, por conseguinte, todos estes livros são piores do que imprestáveis. Eles são não apostólicos. Eles jamais satisfariam a São Paulo.
Leitor, São Paulo não se gloriava em nada mais, a não ser na cruz. Esforce-se para também ser assim. Coloque Jesus crucificado sempre diante dos olhos de sua alma. Não ouça qualquer ensino que interponha algo entre você e Ele. Não caia no antigo erro dos gálatas. Não pense que alguém nestes dias seja melhor guia do que os apóstolos. Não se envergonhe das antigas veredas, nas quais percorreram homens que foram inspirados pelo Espírito Santo. Não deixe que a conversa vazia de homens que proferem grandes palavras dilatadas sobre a catolicidade, e a igreja, e o ministério, perturbem a sua paz, e o façam despreender-se da cruz. As igrejas, os ministros e os sacramentos são todos importantes a seu próprio modo, mas eles não são Cristo crucificado. Não dê a glória de Cristo a nenhum outro. “Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor”.
Leitor, pus tais pensamentos diante de sua mente. O que você pensa agora sobre a cruz de Cristo? Eu não posso dizer; mas não posso desejar a você algo melhor do que isto – que você possa ser capaz de dizer com o apóstolo Paulo, antes de você morrer ou apresentar-se ao Senhor, “Longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo”. Amém.




Ryle,J. C.


angel.

Aos Pregadores

John Wesley a John Trembath


O que tem lhe prejudicado excessivamente nos últimos tempos e, temo que seja o mesmo atualmente, é a carência de leitura. Eu raramente conheci um pregador que lesse tão pouco. E talvez por negligenciar a leitura, você tenha perdido o gosto por ela. Por esta razão, o seu talento na pregação não se desenvolve. Você é apenas o mesmo de há sete anos. É vigoroso, mas não é profundo; há pouca variedade; não há seqüência de argumentos. Só a leitura pode suprir esta deficiência, juntamente com a meditação e a oração diária. Você engana a si mesmo, omitindo isso. Você nunca poderá ser um pregador fecundo nem mesmo um crente completo. Vamos, comece! Estabeleça um horário para exercícios pessoais. Poderá adquirir o gosto que não tem; o que no início é tedioso, será agradável, posteriormente. Quer goste ou não, leia e ore diariamente. É para sua vida; não há outro caminho; caso contrário, você será, sempre, um frívolo, medíocre e superficial pregador.


Fonte: Revista Fé para Hoje

angel

Graça Preveniente - Uma Visão Wesleyana

O campo comum sobre o qual nós como teólogos evangélicos opinamos é importante, e discutir na área de nossos acordos é de grande valor. Apesar de concordarmos que a Palavra de Deus é infalivelmente verdadeira, nossas mentes falhas muitas vezes viajam em caminhos divergentes na tentativa de alcançar a verdade. A comunhão cristã, então, é baseada mais no amor e no entendimento que na completa concordância em todas as doutrinas.
A discussão ocasional de algumas de nossas diferenças também se revela útil visto que recebemos um melhor entendimento uns dos outros. Conhecer e apreciar a visão do outro, sempre quando um não concordar com o outro, constrói o amor cristão e a comunhão no Espírito Santo. Esta é a razão para este artigo sobre a graça preveniente ter sido preparado. É esperado que este esforço traga um maior entendimento das diferentes ênfases em círculos Wesleyanos.

1. A graça preveniente é a graça comum ou universal. John Wesley usou a palavra “preveniente” que em seus dias significava “vir anteriormente.” Esta graça que vem antes da salvação é dada a todo o homem. Wesley escreveu:
Todas as bênçãos que Deus tem concedido ao homem são de Sua simples graça, doação ou favor; Seu favor gratuito imerecido; favor completamente imerecido; não tendo o homem direito à menor de Suas misericórdias. Esta é a graça gratuita que “formou o homem do pó da terra, e soprou nele uma alma vivente e imprimiu em sua alma a imagem de Deus, e pôs todas as coisas sob seus pés.” Esta mesma graça gratuita continua para nós nestes dias, vida, respiração e todas as coisas. Não existe nada que somos, tenhamos ou façamos que justifique a mínima coisa das mãos de Deus. “Todo nosso trabalho, Tu, ó Deus, tens feito em nós.” Estas, portanto, são tantos mais exemplos de gratuita misericórdia: qualquer integridade que possa ser achada no homem, isto também é dom de Deus.[1]
A graça preveniente é revelada no providencial cuidado de Deus por todas as Suas criaturas. Paulo reconheceu isto quando disse: “porque nEle vivemos e nos movemos e temos existido” (At 17.28). O homem caído no pecado teria finalizado a graça providencial de Deus por ele se não existisse o gracioso plano de redenção. Agora, para o homem caído, aquela graça continua a fluir a fim de completar o divino propósito da redenção. Existe continuidade entre a graça providencial para todos e a graça que orienta para a salvação.
Para Wesley, a própria existência da humanidade era dependente da graça de Deus. Tivesse o castigo pela queda de Adão no pecado acontecido sem misericórdia, Adão teria morrido e a humanidade perecido com ele. Assim, a vida física propriamente dita e todas as bênçãos resultantes dela são um direto resultado desta graça. A graça de Deus está em todo homem, não no sentido de haver nascido com ele, mas de ser “infundida” nele. Ao ímpio é dado na mesma medida um conhecimento de Deus e uma consciência que carrega a indicação do certo e do errado. Wesley escreveu que o “primeiro sinal real do bem vem do alto tanto quanto o poder que o conduz até o fim.” É Deus quem “infunde todo bom desejo” e ainda o acompanha e o segue.[2] Assim, um homem pode ser de um compassivo e benevolente espírito, ser amável, gentil, ter classe, fazer boas ações e sempre atender a igreja. Tudo de bom resulta da graça preveniente.
Esta graça contém todas as qualidades atribuídas à graça comum pelos Reformadores. O Dr. M. Eugene Osterhaven em seu excelente artigo sobre a “Graça Comum” descreve a obra geral da graça de uma maneira muito similar ao entendimento Wesleyano da graça preveniente. A graça comum, de acordo com o artigo, “restringe o pecado de forma que a ordem é mantida e a cultura e a integridade são promovidas.” Deus faz isto refreando o pecado na vida do indivíduo e da sociedade. “Deus por Sua providência reprime a teimosia de nossa natureza de manifestar-se em atos externos.” O Dr. Osterhaven vai mais além em salientar que a graça comum habilita o homem a fazer algo bom. Deus não tem desamparado completamente a humanidade, mas continua a lhe dar abundante evidência de Sua compaixão. O homem é habilitado a fazer certas coisas boas por causa da providência geral e benção de Deus em direção a todo homem.[3]Embora os ensinamentos da graça comum e da graça preveniente tenham muito em comum, a diferença essencial é vista no ponto onde a graça comum e a graça especial são entendidas pelos Calvinistas como essencialmente diferentes. Os Wesleyanos ensinam que a graça preveniente leva à graça salvadora, prepara para ela, habilita a pessoa a adentrar nela. A diferença entre as duas para os Wesleyanos seria em grau e não em tipo.

2. Ela é ministrada através do Espírito Santo. Freqüentemente a graça é vista como um favor imerecido de Deus, o que de fato é. Mas esta graça é também vista ser um poder operativo de Deus na vida dos homens. Por esta razão, existe uma relação fechada entre a atuação do Espírito Santo e a graça de Deus.
Um recente livro intitulado With the Holy Spirit and With Fire, de Samuel M. Shoemaker, enfatiza este aspecto da graça muito claramente. Dr. Shoemaker escreveu:
Eu penso nEle como o centro vagueante de toda a atividade de Deus no mundo. Ele é o Inspirador de toda a verdade – filosófica, científica, prática, tanto quanto a espiritual. Ele é o Criador de toda a beleza, seja ela canalizada através de instrumentos dignos ou não... Ele é o Autor de toda verdade em toda parte – é dEle o conhecer e o dispensar. Ele está em toda obra de misericórdia, em toda boa e gentil vida, em toda reconciliação entre pessoas ou grupos ofendidos, em toda elevação do espírito de pessoas postas à prova ou em sofrimento. Em tudo de bom que os homens parecem fazer, encontraremos uma mão invisível a agir em motivação a isto e dando graça para conduzir isto continuamente. No mais obscuro e pior dos homens, qualquer centelha de bondade subsistindo para ser tocada, ela é o Espírito Santo. Ele é mais penetrante que o éter. Ele é Deus em Sua total extensão, muito engenhoso e muito hábil nos mais vastos aspectos. Ele é Deus em Seu mais exato e íntimo aspecto. Em Sua própria gentil maneira, Ele está tomando a iniciativa conosco.[4]
Se concordamos com o Sr. Shoemaker em toda a sua afirmação ou não, suas idéias são instrutivas. Antes que manter que o bem encontrado no homem à parte da salvação é uma bondade restante da queda do homem, o Arminianismo-Wesleyano sempre ensinou que Deus sobrenaturalmente restituiu a todos os homens uma porção do Seu Espírito Santo através da graça que flui do Calvário. O Dr. L. M. Starkey em seu estudo sobre a Teologia Wesleyana enfatiza o fato de que Wesley identificou a graça de Deus com o poder do Espírito Santo na vida humana.[5] Qualquer bem achado no governo ou em qualquer pessoa seria um resultado da presença do Santo Espírito de Deus. Visto que Ele é o Espírito da verdade, então qualquer verdade que venha para a humanidade, até mesmo à parte do Cristianismo, é um resultado do Espírito Santo. De fato, algum conhecimento de Deus é infundido na mente dos homens pelo Espírito Santo. A própria existência da lei natural bem como sua aplicação, até mesmo pelos homens sem Deus, não pode ser separada da obra do Espírito Santo. Desta maneira, uma quantidade de graça é ministrada a todos os homens pelo Espírito Santo de Deus, tendo eles a Escritura ou não.

3. Ela leva à salvação. Embora os Wesleyanos possam consentir que tudo o que é afirmado para a graça comum pode também ser afirmado para a graça preveniente, todavia eles defendem que o propósito primário da graça preveniente não é restringir o pecado e dar bons desejos e bênçãos ao homem; esta graça é dada a fim de levar os homens ao arrependimento e à salvação. O propósito primário de Deus em permitir a existência da raça humana é trazer os homens à salvação. Wesley escreveu:
Por admitir que todas as almas dos homens estão mortas no pecado por natureza, isto não justifica ninguém, visto que não existe nenhum homem no estado de mera natureza; não existe nenhum homem, a não ser que tenha extinguido o Espírito, que esteja absolutamente vazio da graça de Deus. Nenhum homem vivo é inteiramente destituído do que é vulgarmente chamado de consciência natural. Mas isto não é natural: é mais apropriadamente chamado, graça preveniente. Todo homem tem uma maior ou menor quantidade desta, que não espera pelo convite do homem. Todos têm, cedo ou tarde, bons desejos; embora a maioria dos homens sufoque-os antes deles poderem enraizar-se ou produzir algum fruto considerável. Todos têm alguma quantidade dessa luz, algum fraco raio lampejante que, cedo ou tarde, mais ou menos, ilumina todo o homem que vem ao mundo. E todos, a não ser que ele seja um dos poucos cuja mente está cauterizada com ferro quente, sente mais ou menos incômodo quando age contrário à luz de sua própria consciência. De forma que ninguém peca porque não tem graça, mas porque não faz uso da graça que tem.[6]
Wesley não teve dificuldade em descrever a queda do homem em termos bem sombrios. A queda corrompeu a natureza humana e tornou o homem completamente destituído de qualquer glória moral com que foi criado. Por natureza, o homem está completamente caído. O pecado original envolveu o homem em culpa e o expôs à ira de Deus. A ira de Deus descansou sobre a raça humana por causa do pecado de Adão. Por natureza, todos são filhos da ira. Mas enquanto Wesley viu este lado negro e escuro do homem, ele também viu essa graça preveniente dada a todo homem, e lançando fora a pena pelo pecado herdado de Adão.
Por causa da graça de Deus, nenhum homem será punido pelo pecado de Adão. A todo homem é dado um novo começo através da graça. John Fletcher insistiu que, por este dom gratuito a todo homem, Deus tem garantido incondicional perdão para o pecado original. Eldon Fuhrman afirma que, por este entendimento da justificação de todo homem pela graça de Deus, Wesley admitia a excessiva pecaminosidade do pecado original com seu completo castigo de um lado e, do outro lado, exaltava a obra expiatória de Cristo. “Isto o absolveu da fraqueza dos Semi-Pelagianos, que negavam a completa força do castigo; e também o salvou das extremas conclusões para a qual a liderança federal de Adão tinha sido levada.”[7] Surgindo deste benefício da graça preveniente, existe a doutrina de que todas as crianças que morrem na infância são redimidas através da graça gratuita de Deus e todas as outras pessoas que são incapazes de fazer escolhas.
A salvação inicia com a graça preveniente e continua até a glorificação final. Wesley escreveu:
A salvação começa com aquilo que é geralmente chamado (e muito apropriadamente) de graça preveniente: incluindo o primeiro desejo de agradar a Deus, a primeira aurora de luz relativa à Sua vontade, e a primeira efêmera convicção de ter pecado contra Deus. Tudo isto implica alguma tendência em direção à vida; algum grau de salvação; o início da libertação de um cego e insensível coração, completamente inconsciente de Deus e das coisas de Deus. A salvação continua pela graça convincente, geralmente chamada na Escritura de arrependimento: que traz uma maior quantidade de conhecimento próprio, e uma mais completa entrega do coração de pedra. Depois experimentamos a própria salvação cristã; segundo a qual “pela graça” “somos salvos por meio da fé;” consistindo das sublimes ramificações, a justificação e a santificação.[8]
Assim, a salvação do homem é dependente da resposta do homem, pela graça preveniente, à graça salvadora de Deus.

4. Ela proporciona responsabilidade pessoal. Apesar de algumas pessoas que dizem ser Wesleyanas mostrem-se Semi-Pelagianas, ninguém, com exatidão, pode acusar John Wesley de cair nesta categoria. Como já relatado, ele descreveu a queda do homem em termos muito negros. Por natureza, o homem não recebe nada que seja bom. De fato, ele é completamente inabilitado a fazer uma boa escolha de qualquer tipo através da natureza. Ele é livre, mas livre só para fazer o mal e a seguir no caminho do pecado. Da natureza ele não recebe nenhuma sugestão de bondade dentro de si mesmo. Não existe bom desejo que venha por meio do nascimento. Ele é totalmente depravado e totalmente inabilitado.
Contra esta negra figura, entretanto, Wesley então dá lugar à graça preveniente fluindo na vida de toda pessoa. É o poder do Espírito Santo de Deus erguendo esse indivíduo acima do que ele havia recebido por meio do nascimento e criando nele um início de vida que o guiará para a vida além, se ele responder a este. Neste sentido toda pessoa tem um grau de vida divina não herdada no nascimento.
Na prática, então, a verdadeira liberdade do homem vem pela graça. À parte da graça preveniente, o homem não poderia ter nenhuma liberdade, exceto liberdade para o mal. Não existiria nenhum poder nele mesmo para escolher o bem ou para até mesmo conhecer o bem. A graça preveniente providencia tanto o incentivo para seguir o bem, o conhecimento do bem e até mesmo o poder para escolher o bem.
É por esta razão que se pode atribuir ao homem o poder para fazer sua própria escolha no que diz respeito à salvação. O próprio poder para fazer esta escolha vem da graça de Deus. Com o poder de escolher a salvação vem também a oferta da graça salvadora. Mas o homem ainda é capaz de rejeitar a salvação oferecida a ele. A graça que é providenciada não é irresistível. O homem pode reagir à graça favoravelmente, segui-la e ser salvo ou ele pode rejeitá-la, colocar-se longe dela, e achar-se mais e mais escolhendo o mal de sua própria natureza. Desta maneira, o homem propositadamente peca em rejeitar a graça dada a ele, ou ele pode viver obediente pela graça que lhe foi dada.
Wesley não atribuiu ao homem um poder natural para fazer boas escolhas, nem ensinou que a escolha de uma salvação individual dependia completamente de Deus. O homem tem uma inabilidade total que é somada à gratuita graça de Deus. Ele faz uma escolha correta pela graça que Deus tem dado a ele. A habilidade para escolher é uma habilidade graciosa.
Com esta graça dada a ele, o homem pode cooperar com Deus. Wesley fixa a verdade “sem mim, nada podereis fazer” ao lado das palavras “posso todas as coisas em Cristo que me fortalece” (Fp 2.12, 13). Então, ele proclama “Aqui a maldição é dissolvida! A luz penetra, e as trevas desaparecem.” Deus uniu estes dois, e não deixa que ninguém os separe.[9] Wesley descreveu a reação do homem a esta graça como segue:
Portanto nós podemos... concluir a absoluta necessidade desta reação da alma (ou como quer que se chame) a fim da continuação da vida divina nela. Pois claramente se percebe que Deus não continua a agir na alma a menos que a alma reaja a Ele. Deus nos guia, de fato, com as bênçãos da Sua bondade. Ele nos amou primeiro e manifestou-se a nós. Enquanto estamos, não obstante, muito distantes, Ele nos chama para si mesmo, e ilumina nossos corações. Mas se nós, então, não amarmos Aquele que nos amou primeiro; se não atendermos à Sua voz; se voltarmos nossos olhos para longe dEle e não atentarmos para a luz que Ele derramou em nós; Seu Espírito não lutará sempre: Ele gradualmente se retirará, e nos deixará às trevas de nossos próprios corações. Ele não continuará a soprar na nossa alma a menos que nossa alma respire em direção a Ele novamente; a menos que o nosso amor, e súplica, e graças voltem-se para Ele, como um sacrifício com o qual Ele se agrada bem.[10]
Aqui está uma forma de sinergismo entendida no meio de um monergismo. Inicialmente Deus age e depois que sua ação começa, então é possível ao homem cooperar com Ele.

5. Ela preserva o sola gratia e o sola fide. O modo no qual o sola gratia é preservado pode agora ser visto. Visto que o homem nada podia fazer sobre sua própria salvação até mesmo no sentido de responder a ela, exceto através da graça que é inicialmente dada a ele por Deus, então, sua própria reação a essa graça é da graça. Embora a graça não seja a causa de sua correta reação, ela certamente é a razão pelo qual ele reage a Deus e se entrega à mais graça. Quando a salvação final é obtida, uma pessoa pode olhar para trás e dizer, “Foi a graça que me trouxe ao lar.” Tal graça dispensa toda idéia de algum mérito humano por qualquer ato que o homem tenha consumado, até mesmo sua ação de livre-escolha em crer para a salvação. Todo o mérito é através da graça de Deus, em Jesus Cristo, o nosso Senhor. Neste sentido é somente pela graça que o homem é salvo.
Ao mesmo tempo, a idéia do sola fide é preservada. A graça preveniente, na verdade, dá mais lugar ao sola fide do que pode ser encontrado nos decretos eternos. Wesley não pôde entender por que seus amigos Calvinistas acusaram-no de não ensinar o “pela fé somente.” Isto o incomodou consideravelmente até o dia que um súbito pensamento atravessou sua mente. Ele o expressou desta maneira:
Fiquei perplexo quando um pensamento cruzou minha mente como um tiro, o qual resolveu a questão de uma vez. Esta é a chave: aqueles que afirmam “todos estão absolutamente predestinados para salvação ou para perdição” não vêem nenhum meio-termo entre a salvação por obras e a salvação por decretos absolutos. Segue que, qualquer que nega a salvação por decretos absolutos, fazendo assim (de acordo com suas percepções) afirma a salvação por obras.
E nisto eu verdadeiramente acredito que eles estão certos. Tão adverso como uma vez estive ao pensamento, após mais consideração, eu admito que não há, não pode haver, nenhum meio-termo. A salvação é por decreto absoluto, ou é (num sentindo bíblico) por obras.[11]
Wesley declarou que nenhum dos dois pode ser por fé, pois o “Decreto incondicional exclui tanto a fé quanto as obras.” Se a salvação é pelo decreto de Deus, então ela não pode ser pela fé como uma condição para a salvação. Os Wesleyanos acreditam que a graça preveniente capacita a pessoa a se arrepender e crer, e visto que o homem pode rejeitar ou aceitar mais graça, sua salvação é dependente de sua fé em Cristo, não de um decreto eterno, e esta fé é uma atividade humana.
Em conclusão, então, a graça preveniente não só restringe o pecado no homem, mas eleva todo homem ao ponto da salvação. Ele pode, por esta graça, escolher maior graça que o guiará para a salvação, ou ele pode rejeitar a graça. Assim, a salvação é “pela graça por meio da fé,” e todo o plano é dom de Deus.

Tradução: Gimene Rodrigues



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fonte: http://www.arminianismo.com

angel.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

“Ha’ sem duvida quem ame o infinito,
Ha’ sem duvida quem deseje o impossivel,
Ha’ sem duvida quem nao queria nada -

Tres tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possivel,
Porque eu quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou ate’ se nao puder ser…”

{“Álvaro de Campos“}

Sombra amada...




Longe da fama e das espadas,
Alheio às turbas ele dorme.
Em torno há claustros ou arcadas?
Só a noite enorme.

Porque para ele, já virado
Para o lado onde está só Deus,
São mais que Sombra, e que Passado
A terra e os céus.

Quem ele foi sabe-o a Sorte,
Sabe-o o Mistério e a sua lei.
A vida fê-lo herói, e a Morte
O sagrou Rei!

No oculto para o nosso olhar,
No visível à nossa alma,
Inda sorri com o antigo ar
De força calma.

E amanhã, quando queira a Sorte,
Quando findar a expiação,
Ressurrecto da falsa morte,
Ele já não.

Mas a ânsia nossa que encarnara,
A alma de nós de que foi braço,
Tornará, nova forma clara,
Ao tempo e ao espaço.

Ah, tenhamos mais fé que a esp’rança!
Mais vivo que nós somos, fita
Do Abismo onde não há mudança
A terra aflita.

E se assim é; se, desde o Assombro
Aonde a Morte as vidas leva,
Vê, esta pátria, escombro a escombro,
Cair na treva;

Se algum poder do que tivera
Sua alma, que não vemos, tem,
De longe ou perto — porque espera?
Porque não vem?

Em nova forma ou novo alento,
Que alheio pulso ou alma tome,
Regresse como um pensamento,
Alma de um nome.

Regresse sem que a gente o veja,
Regresse só que a gente o sinta —
Impulso, luz, visão que reja,
E a alma pressinta!

Que nova luz virá raiar
Da noite em que jazemos vis?
Ó sombra amada, vem tornar
A ânsia feliz.

Quem quer que sejas, lá no abismo
Onde a morte a vida conduz,
Sê para nós um misticismo
A vaga luz

Com que a noite erma inda vazia
No frio alvor da antemanhã
Sente, da espr’anca que há no dia,
Que não é vã.

E amanhã, quando houver a Hora,
Sendo Deus pago, Deus dirá
Nova palavra redentora
Ao mal que há,

E um novo verbo ocidental
Encarnado em heroísmo e glória,
Traga por seu broquel real
Tua memória!

Fonte: Fragmentos do Poema
“A Memória do Presidente-Rei Sidônio Pais”
Ação, nº 4, 1920.
Fernando Pessoa - Poemas Ocultistas- 27/02/1920

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

LINDO!!! As respostas que Deus tem para vc.

CLICK NA IMAGEM PARA LER, AS RESPOSTAS SOB SUAS INDAGAÇÕES.





angel.



Empresa garante ter criado 1º carro submersível do mundo

O, sQuba possui três motores elétricos e funciona com bateria de litium recarregável

Últimas de Tecnologia
A empresa suíça Rinspeed, especialista na montagem de carros, lançou nesta quinta-feira o que seria o primeiro modelo de carro verdadeiramente submersível, chamado sQuba, que estará à mostra durante a Feira de Carros de Geneva, em março.
O carro, que é estável a uma profundidade de 10 metros, possui três motores elétricos e funciona com bateria de litium recarregável.

Frank M. Rinderknecht, diretor da Rinspeed e conhecido por suas extraordinárias criações automotivas, é fã de James Bond. "Por três décadas, eu tenho tentado imaginar como seria possível criar um carro que andasse debaixo d´água. Agora nós realizamos este sonho", comenta Frank, que se inspirou no filme The Spy Who Loved Me, de 1977.


fonte: terra.com.br

angel.

Discussão que rolou ontem, sobre Blog no RADARCULTURAL




O uso didático dos blogs foi discutido hoje à tarde, no Campus Party, durante a palestra da professora de inglês Bárbara (Bee) Dieu. Foi a necessidade de preparar os alunos para uma nova realidade que fez com que ela se dedicasse ao ensino on-line. "A maior parte das apresentações é on-line e eu estou sempre de pijama", brincou.

O blog é pra ela uma das melhores opções para o aluno exercitar os conhecimentos do novo idioma sem a obrigatoriedade das tarefas tradicionais. Como professora de língua estrangeira, Bárbara sempre quis que os alunos interagissem fora da sala de aula. "O vocabulário de sala de aula é totalmente artificial. Os blogs permitem que os alunos se expressem de uma forma livre, sem imposição de nota para passar de ano", afirmou.

Para Bárbara, os blogs são ferramentas poderosas de educação pela internet porque através deles os alunos estabelecem uma identidade on-line que serve de portfólio acadêmico e profissional, além de ter a troca de informação facilitada. Quem ensina e quem aprende tem mais liberdade para se manifestar na web do que no ambiente da escola tradicional. Dá para ficar mais à vontade.
“Afeto e carinho são a melhor forma de banda larga e interatividade do mundo. Clicou ali, reagiu aqui”, brincou Marcelo Tas durante um bate-papo sobre interatividade com o produtor musical Miranda e a VJ da MTV Luiza. Com o palco principal do 1º andar lotado, toda intervenção engraçadinha era aplaudida entusiasticamente. E elas foram várias, principalmente de Miranda, que até encenou videozinho de fantasma do YouTube.

Nos vários momentos sérios, os três falaram sobre o passado, presente e futuro das mídias e da relação das pessoas com elas, e como esses conceitos de tempo se confundem hoje em dia. “O povo hoje vive falando de coisas do futuro, que o Radiohead é o futuro, mas eles são o passado. Sabe-se lá o que será o futuro, o que vão inventar”, disparou Miranda. “Mudam os meios, a mensagem não. Com os novos meios cabe a nós inventar e espalhar as coisas. Quem não quiser inventar que espalhe, quem não quiser espalhar que consuma”, completou.

Os blogs também entraram na pauta. Tas, um dos principais blogueiros do país, lembrou que muitos deles têm audiência semelhante a programas famosos da TV aberta. E que, desta maneira, ganham uma força incrível. “A credibilidade dos blogs tem crescido muito. Um artigo do Wall Street Journal comentou que nas eleições presidenciais americanas deste ano os blogs são mais influentes que marqueteiros”, exemplificou. A realidade é que, cada vez mais, os internautas tem capacidade de comparar as informações que encontram na rede. “Cada um é filtro de si mesmo”, finalizou Luiza.

Em meio a um ambiente de descontração, o diretor da Campus Party fez um grande discurso (em forma de pergunta) sobre a descriminalização do download P2P. “Sou eu emprestando permitindo que outras pessoas ouçam as minhas músicas, assim como era quando emprestava-se o vinil para um amigo.” Respondendo, Miranda profetizou: “crime é você não deixar as pessoas ouvirem música, lerem livros, impedir o acesso à cultura.”

Vale a pena assistir esta semana a partir da 20:00hs canal 2 - Cultura, ta rolando tb palestra e amostra de robotica. Sensacional.

angel.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

GOMES COELHO

A vida já não chega
De muitos anos vividos,
para reparar tantos erros,
levianamente cometidos
Nem que fora eterno
poderia reparar as mossas
por inexperiente condução
defeituosa e descuidada,
provocadas na minha alma
hoje adoentada.
resta vive, sobreviver
com essa dor presente,
e sentir
que pode existir-se
subsistir-se
acreditar no amor,
e conseguir
sentir esse calor,
em forma de abrigo,
de luz e esperança
que só pode encontrar-se
quando temos um amigo.


Theresinha Coelho

lindo! lindo!!

angel.

O Amor




Quando encontrar alguém e
esse alguém fizer
seu coração parar
de funcionar por alguns segundos,
preste atenção:
pode ser a pessoa
mais importante
da sua vida.

Se os olhares se cruzarem e,
neste momento,
houver o mesmo
brilho intenso entre eles,
fique alerta:
pode ser a pessoa que você
está esperando desde o dia
em que nasceu.

Se o toque dos lábios for intenso,
se o beijo for apaixonante,
e os olhos se encherem d'água
neste momento,
perceba:
existe algo mágico entre vocês.

Se o primeiro e o último
pensamento do seu dia
for essa pessoa,
se a vontade de ficar juntos
chegar a apertar o coração,
agradeça:
Deus te mandou
um presente divino -
o amor.

Se um dia tiverem que
pedir perdão um ao outro
por algum motivo
e em troca receber um abraço,
um sorriso,
um afago nos cabelos
e os gestos valerem
mais que mil palavras,
entregue-se:
vocês foram feitos um pro outro.

Se por algum motivo
você estiver triste,
se a vida
te deu uma rasteira
e a outra pessoa
sofrer o seu sofrimento,
chorar as suas lágrimas
e enxugá-las com ternura,
que coisa maravilhosa:
você poderá contar com ela
em qualquer momento
de sua vida.

Se você conseguir,
em pensamento,
sentir o cheiro da pessoa
como se ela
estivesse ali do seu lado...

Se você achar a pessoa
maravilhosamente linda,
mesmo ela estando
de pijamas velhos,
chinelos de dedo
e cabelos emaranhados...

Se você não consegue
trabalhar direito o dia todo,
ansioso pelo encontro
que está marcado para a noite...

Se você não consegue imaginar,
de maneira nenhuma,
um futuro
sem a pessoa ao seu lado...

Se você tiver a certeza
que vai ver
a outra envelhecendo e,
mesmo assim,
tiver a convicção
que vai continuar
sendo louco por ela...

Se você preferir morrer,
antes de ver a outra partindo:
é o amor
que chegou na sua vida.
E uma dádiva.

Muitas pessoas apaixonam-se
muitas vezes na vida,
mas poucas amam
ou encontram
um amor verdadeiro.

Ou às vezes encontram e,
por não prestarem atenção
nesses sinais,
deixam o amor passar,
sem deixá-lo
acontecer verdadeiramente.

Por isso,
preste atenção nos sinais -
não deixe que as loucuras
do dia-a-dia o deixem cego
para a melhor coisa da vida:
o AMOR !

-> Carlos Drummond de Andrade <-

bom dia!!! para nós todos.....
angel.

]

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Quanto amor

Paulo César Baruk
Composição: Massao Sugihara

Quanto amor, quanto amor
Ele tem por mim
Quanta dor, quanta dor
Sofreu por mim por amor

A razão de tão grande amor
Foi mostrar que a minha vida tem valor
Sou tão precioso para Deus
Que Ele deu o Seu filho
Pra morrer na cruz por mim

Oh Deus te louvo pelo Teu amor
Tu mudaste meu interior
E agora eu quero viver
Pra transmitir este amor
Que vem de Ti...

lindo, lindo, lindo, lindo, lindo...
Hj está totalmente de encontro com o que estou Vivendo a Vida...
somente pela Graça e nada mais além da Graça.
angel.

RECADO DE DEUS




que lindo recebi, bom dia pra vc tb.

angel.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Epitáfio

Devia ter amado mais, ter chorado mais
Ter visto o sol nascer
Devia ter arriscado mais e até errado mais
Ter feito o que eu queria fazer
Queria ter aceitado as pessoas como elas são
Cada um sabe a alegria e a dor que traz no coração

O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar distraído
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar

Devia ter complicado menos, trabalhado menos
Ter visto o sol se pôr
Devia ter me importado menos com problemas pequenos
Ter morrido de amor
Queria ter aceitado a vida como ela é
A cada um cabe alegrias e a tristeza que vier

O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar distraído
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar...


Titãs

bela letra.

angel

OLHAR....



há um segredo escondido
dentro de cada vontade
em cada olhar escondido
sem vontade para olhar
um segredo meu

e há dentro de mim
um olhar sem segredo
tentando esconder a vontade
de olhar com segredo
um olhar teu


angel.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

SE O AMANHÃ NÃO VIER


Se eu soubesse que essa seria a última vez que eu veria você dormir,
Eu aconchegaria você mais perto,
E rogaria ao Senhor que protegesse você.

Se eu soubesse que essa seria a última vez que veria você sair pela porta,
Eu abraçaria, beijaria você, e a chamaria de volta,
Para abraçar e beijar uma vez mais.

Se eu soubesse que essa seria a última vez que ouviria sua voz,
Eu filmaria cada gesto, cada olhar, cada sorriso, cada palavra sua,
Para que eu pudesse ver e ouvir de novo, dia após dia.

Se eu soubesse que essa seria a última vez,
Eu gastaria um minuto extra ou dois, para parar e dizer: EU TE AMO
Ao invés de assumir que você já sabe disso.

Se eu soubesse que essa seria a última vez, nosso último momento, nosso último encontro,
Eu estaria ao seu lado, partilhando do seu dia, junto de você, ao invés de pensar:
“Bem, tenho certeza que outras oportunidades virão, então eu posso deixar passar esse dia”.

É claro que haverá um amanhã para se fazer uma revisão,
E nós teríamos uma segunda chance para fazer as coisas de maneira correta,
É claro que haverá outro dia para dizermos: EU TE AMO,
E certamente haverá uma nova chance de dizermos um para o outro;
“Posso te ajudar em alguma coisa?”
Mas no meu caso não há, não tenho mais você aqui e hoje é o último dia que temos, a nossa despedida,

Então, eu gostaria de dizer O QUANTO EU AMO VOCÊ,
E espero que nunca esqueça disso.

O dia de amanhã não está prometido para ninguém, jovem ou velho,
E hoje pode ser sua última chance de segurar bem apertado a mão da pessoa que você ama e demonstrar tudo o que sente.
Se você está esperando pelo amanhã, por que não fazer hoje?

Porque se o amanhã não vier, você com certeza se arrependerá pelo resto de sua vida,
De não ter gasto aquele tempo extra num sorriso, numa conversa, num abraço, num beijo,
Porque você estava “muito ocupado” para dar para aquela pessoa, aquilo que acabou sendo o último desejo que ela queira.

Então, abrace bem apertado seu amado (a), seus amigos, sua família HOJE, e Sussurre nos seus ouvidos, dizendo o quanto o amo e o quanto o quer junto de você.
Gaste um tempo para dizer:
“Me desculpe”
“Por favor”
“Me perdoe”
“Obrigado
ou ainda:
“Não foi nada”
“Está tudo bem”.

Porque, se o amanhã jamais chegar, você não terá que se arrepender pelo dia de hoje.
Pois o passado não volta, e o futuro talvez não chegue,
Enquanto existir ô hoje, o momento é seu.
Reconsidere aquilo que disse: “acabou”, se o que viveu foi bom durante o tempo, reconsidere, faça diferente aquilo que começou meio sem jeito ou talves errado. Os opostos somente dão certo por um tempo. Os afins, o nosso eu feminino ou masculino, nos assusta, mas estes podem ser o amor da nossa vida inteira.
Todos nós recebemos todos os dias a oportunidade de se arrepender e refazer de um modo diferente, então simplesmente não desista tão facilmente, reconsidere verá que vale a pena

SEJA FELIZ!!!
Vivamos bem com todos.


Este texto com autoria de Nelcimara Franklin e adaptado por mim angel, retrata a triste história de tantas famílias das vítimas envolvidas no acidente aéreo em meados de Julho/2007.
Este texto que no final fiz uma adaptação para reflexão geral de nossos atos impensados e impulsivos, foi anexado no mural de comunicação interno da GOL, um dia após a queda do Boing.

Sinceramente, as vezes me envergonho de tanta infantilidade e ignorância, arrogânvia e alvidez nas palavras, tantas brutalidades, tanta questão de respostas duras, quando apenas poderia apenas calar, estes atos claro não identificando ninguém, mas feitos por mim mesmo, que perco muito ainda em não saber calar e respondendo agressivamente a palavras mal colocadas de pessoas que muitas vezes não sabem nada de mim, ou de levar a mal um bom conselho de amigo, alguém que se preocupa com meu bem estar, infelizmente muitas vezes tomo as coisas a ferro e fogo, daí cega respondo grosseiramente ofendendo pessoas queridas e até amizades sinceras, pois muitas das palavras duras que recebo tem seu fundo de verdade. Saber calar é uma dádiva que somente com a prática chegaremos a alcançar sabedoria e mansidão. Saber discernir e aceitar erros, é um grande passo para o crescimento, pois em meio de tantas palavras duras tendo discernimento saberei identificar quais tem seu fundo de verdade, e quais são ditas por pessoas medíocres que necessitam de tantas ou mais experiências que eu para ser capaz de falar algo realmente relevante e sábio que possa fazer a diferença em minha vida. Pessoas seres em desenvolvimento, ficar parado no tempo ou estagnado com um rotulo de “inteligente”, “pastor”, "questionador", pode fazer de você alguém conformista, pela posição alcançada, assim você perde a grande oportunidade de desenvolver-se diariamente. Todos temos rupturas em nossas vidas, como diz uma bela amiga de olhos verdes, esta sim PASTORA “nossos calcanhares de Aquilles”, devem ser tratados e que nós todos possamos buscar Naquele que é o dono de tudo, vida realmente cristã assim teremos experiências sensacionais e claro como seres em desenvolvimento seremos cada dia melhores. Ou será que iremos ver otempo passar, e quando não houver mais tempo para nós, daí choraremos a perda? Não Mudemos hoje, pois ainda a temp de recomeçar tudo, fazer uma nova história, abraçar aquela pessoa que tanto nos quiz bem e nós a expulsamos de nossas vidas sem ao menos tentar, dar uma oportunidade para tantas promessa mentirosas que fizemos o outro acreditar. sei lá é sempre tempo de pedir perdão e liberar perdão é essencial.

angel.

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Para Sempre

Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.


Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.
Carlos Drummond de Andrade

angel.

O DIA QUE UM MOTO BOY COMPROU UM CARRO



rsrsrsrsrsr, qualquer semelhança é mera coincidência.

*** Me lembrei de alguém, imagine vc!!! É para ti mesmo.

com carinho

angel.

Aprendizado

(Paulo Roberto Gaefke)

Feito para você...

Em tudo vejo o aprendizado, a oportunidade de crescer,
se começa uma discussão e eu quero gritar mais alto,
observo o meu desequilíbrio e conto até 50.
Se o relacionamento não vai bem, reflito nas minhas atitudes,
será que a indiferença não tomou conta de mim?
será que o que eu ando cobrando,
não é o que eu também não estou dando?

Se o ambiente de trabalho não está como eu quero,
levo flores para as mesas, plantas para a sala,
uma balinha para cada companheiro,
um tempo para cum primentar cada um.

Se a minha casa anda com a energia pesada,
abro às janelas e faço uma prece de agradecimento,
agradeço cada parede, cada móvel, por mais simples que seja,
assim, as trevas, que detestam a luz, vão embora com pressa.

Se o meu humor anda mais para baixo que minhoca,
eu busco a companhia de amigos de alto astral,
daqueles que riem até de "topada no dedão",
e me distraio, enganando a depressão.
esquecendo a preocupação que me assolava.

Foi assim que eu descobri essa verdade:
"quando algo não vai bem, é dentro de mim que devo procurar,
é aqui no meu interior, e não nos outros,
que está a causa e a solução dos meus problemas.

Assim, aprendi a não transferir a minha dor,
e é claro, nem a minha alegria,
o tesão de viver esse dia de sol,
como se fosse o último, porque de repente,
pode mesmo ser o último, então,
"que seja o melhor dia de todos os dias já vividos!"

angel.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Herança

Eu vim de infinitos caminhos,
e os meus sonhos choveram lúcido pranto
pelo chão.


Quando é que frutifica, nos caminhos infinitos,
essa vida, que era tão viva, tão fecunda,
porque vinha de um coração?


E os que vierem depois, pelos caminhos infinitos,
do pranto que caiu dos meus olhos passados,
que experiência, ou consolo, ou prêmio alcançarão?

CECILIA MEIRELES

angel.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

ENTARDECER





O sol já ia distante, deitando nos telhados imundos dos prédios da cidade baixa e derramando por todo lugar mais um entardecer. O alaranjar de mansinho ia tomando conta, aqui-acolá, da praça, também. O clarão azul-tormento do dia cedia lugar ao madrigal manto de estrelas que já ensaiava desabar sobre a cidade, que àquela hora já se retorcia nos encontros e desencontros de esquinas. Era o mote para os primeiros seres noturnos começarem a abanar suas esperanças, ora aqui outra ali, no mesmo vai e vem provincial de toda noite.


angel.



Seus lábios tocam

o imprescindível
Seus lábios tocam

meu impossível
Seus lábios tocam

minhas notas desconhecidas
Seus lábios me contam em silêncios

todos meus segredos...


Em seus lábios meus labirintos se encontram


Meus lábios abrem seus lábios


que pulsam e molham-se desertos


por nascentes iluminadas


Seus lábios tocam mansidões e espasmos. . .


por entre línguas seus lábios


preenchem lacunas obscuras


Meu hálito entre seus lábios


fazem meus habitos


Seus lábios abrem sorrisos


meus lábios que descobrem
seus entremeios


seus lábios tocam meu meio
no centro bem dentro


Seus lábios constroem inteiros


meus lábios te brincam


e gemem calados gritos

fazendo ritmos


seus lábios no meu intimo


tocando sem pressa

meu coração.

Carnaval 2008



A educacao atraves da musica erudita e o tema
escolhido pela escola de samba VAI-VAI para o carnaval
2008. Baseado na peca Acorda Brasil, de Antonio
Ermirio de Moraes, o enredo vai mostrar como a Favela
de Heliopolis, na Zona Sul de Sao Paulo, renasceu com
o contato de criancas e adolescentes com a musica.
Samba-Enredo


A MINHA ESCOLA DE TEMPOS PASSADOS, GANHOU!!!

Valeu.!!!

angel.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

É TEMPO DE CARNAVAL

Pr. Irland Pereira de Azevedo

A cidade e o país estão a viver os dias de Carnaval em que centenas de milhares de pessoas entregam-se às alegrias de uma festa marcadamente pagã.
O carnaval faz lembrar a narrativa bíblica que descreve a folia do povo de Israel diante do bezerro de ouro: “o povo assentou-se a comer e a beber; depois levantaram-se a folgar”. (Êxodo 32.6).
Pensando no carnaval de nossos dias, há de notar-se que não se trata de uma festa nova. Entre antigos egípcios, gregos e romanos havia festas semelhantes a ele em honra a divindades de cada cultura. No Egito, em honra ao deus Ápis; as bacanais na Grécia e na Roma antigas, em honra a Baco, as saturnais, em homenagem a Saturno ou Dionísio e as lupercais, em honra ao deus Pã. Essas festas populares semelhavam o carnaval dos dias atuais, em que todos se igualavam não nas virtudes mas nos vícios, não na nobreza de sentimentos, mas na baixeza de costumes. Hoje as autoridades, em vários lugares, fazem distribuição de “camisinhas”, com intenção alegada de evitar graves doenças e gravidez indesejada, mas isso em verdade acaba estimula a promiscuidade e a prostituição.
A Igreja Católica pretendeu mudar as feições do carnaval, fazendo-o ocorrer antes da Quaresma, por isso que ele recebe o nome de “carnevale”, “abstenção da carne”, proibição de carne. Todavia, o carnaval continuou a ser, conforme a tradição das bacanais e saturnais d’antanho, a festa da carne, da licensiosidade, da máscara, da mentira.
Sim, no Carnaval – festa aparentemente limpa e própria à expressão de alegria e fantasia de nossa gente laboriosa e sofrida – milhares de jovens se prostituem, de lares se dividem, de vidas ficam desgraçadas. Tudo em nome da alegria. Mas esta em realidade não existe, pois a verdadeira alegria vem de dentro, e dura, não obstante circunstâncias adversas.
Num tempo de carnaval, em que se esquece de Deus e se coloca a carne e o rei Momo, gordo ou magro, não importa, em lugar dele; num tempo assim, é bom que todos e especialmente os jovens se lembrem do que diz a Sagrada Escritura:
“Alegre-se, jovem, na sua mocidade! Seja feliz o seu coração nos dias da sua juventude! Siga por onde seu coração mandar, até onde sua vista alcançar; mas saiba que por todas essas coisas Deus o trará a julgamento.”(Eclesiastes 11.9 NVI). E mais: “Lembre-se do seu Criador nos dias da sua juventude, antes que venham os dias difíceis e se aproximem os anos em que você dirá: não tenho satisfação neles”. (Eclesiastes 12. 1 NVI).>”.
Que bom é saber que dezenas de milhares de jovens cristãos aproveitam os dias do carnaval para participar de acampamentos e retiros espirituais onde cuidam de seu crescimento nos relacionamentos cristãos e em sua vida de fidelidade a Cristo e compromisso com Ele!

Postado por Irland Pereira de Azevedo às 23:13 0 comentários

Este é mais um daqueles que vale a pena ter postado, o prof. é incrivel em suas explanações. Deus seja louvado hj e sempre!!!

angel.

POEMAS

Volto para dentro do meu ser
Me encontro triste
Num canto da minha Alma
Está encolhido e amedrontado
Um sentimento verdadeiro...
Que teve que ser reprimido
Esperando para vir à tona
Doar-se
Assim que encontrar o ser merecedor
Deste sentimento
Que é puro Amor

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Meu Anjo da manhã...
Se Não prendi seu coração e sentimento pela afeição da Alma
És livre para continuar seu vôo
Mas antes, toque-me a face com um suave beijo
Para que eu nunca esqueça a sensação de ter sua
Alma de anjo...e a suavidade do teu amor
Eu, uma simples mortal!
Continue sua busca e sejas feliz.



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Venha comigo
Viver este amor
Alimentar o paraíso com fantasias
Pintar o céu da vida
Com arco-íris multicores
Quero preencher teu mundo
De sabores
De amores
De flores
Ser tua
Embalar-te no meu colo
Secar tuas lágrimas
Te fazer sorrir
Te amo!
Tua ausência me mata aos poucos...
A saudade de ti é grande demais.
Venha! Sejas meu!
Pois sentes e sabes que já sou tua...


Por - Caármine.

angel.

CARNAVAL

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O que é Carnaval, Significado de Carnaval


s.m. Os três dias de folia que precedem a quarta-feira de cinzas; entrudo.

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O que isto tudo é relevante para nós???? O que realmente vale a pena??

angel.

1 - A origem do Carnaval

O CARNAVAL São várias as versões sobre a origem da palavra CARNAVAL. No dialeto milanês CARNEVALE quer dizer: "o tempo em que se tira o uso da carne", pois o CARNAVAL é propriamente a noite anterior à quarta-feira de cinzas.
OS CARNAVAIS FAMOSOS
Os realizados em Veneza, Nice, o de Florença, Nápoles, Alemanha, Rio de Janeiro, Olinda e principalmente o de Salvador.

O SIGNIFICADO DO CARNAVAL
É A MAIOR MANIFESTAÇÃO DE CULTURA POPULAR DO BRASIL, ao lado do futebol. Misto de folguedo, festa e espetáculo teatral, que envolve arte e folclore. Na sua origem, o CARNAVAL surge como uma festa de rua. Porém, na maioria das grandes capitais, acabou sendo concentrado em recintos fechados, como os sambódromos e os clubes. Para muitos, a festa é apenas um show de televisão.

ACONTECEU NO IMPÉRIO ROMANO
A origem do CARNAVAL vem de uma manifestação popular anterior a era cristã, tendo se iniciado na Itália com o nome de SATURNÁLIAS, festa em homenagem a Saturno. As divindades da mitologia greco-romana, BACO e MOMO, dividiam as honras nos festejos, que aconteciam nos meses de novembro e dezembro. Durante as comemorações, em Roma, acontecia uma aparente quebra de hierarquia da sociedade, já que escravos, filósofos e tribunos se misturavam em praça pública. Com Júlio César, na expansão do Império Romano, as festas tornaram-se mais animadas e freqüentes, principalmente quando o imperador retornou do Egito. Na época ocorriam verdadeiros bacanais.
NA ERA CRISTÃ
No início da era cristã começaram a surgir os primeiros sinais de censura aos festejos mundanos na medida em que a Igreja Católica se solidificava. Querendo impor uma política de austeridade, a Igreja determinava que esses festejos só deveriam ser realizados antes da QUARESMA.
NA ITÁLIA
Os italianos então adotaram a palavra CARNEVALE "abstenção da carne", sugerindo que se poderia fazer CARNAVAL, ou o que passasse pelas suas cabeças, antes da QUARESMA, numa espécie de abuso da carne, do carnal.
2 - O entrudo
EM PORTUGAL
A festa chegou a Portugal nos séculos XV e XVI recebendo o nome de ENTRUDO, isto é, introdução à QUARESMA, através de uma brincadeira agressiva e pesada.
O ENTRUDO
O evento tinha uma característica essencialmente gastronômica e era marcado por um divertimento, entremeado com alguma violência. Fazia-se esferas de cera bem finas com o interior cheio de água-de-cheiro e depois atirava-se nas pessoas. Os mais ousados, no entanto, começaram a injetar no interior das "laranjinhas" ou "limões-de-cheiro" substâncias mau cheirosas e impróprias e a festa foi perdendo sua alegria. Foi exatamente esse ENTRUDO violento que aportou no Brasil.
A GUERRA DO ENTRUDO
Na segunda metade do século XIX, o jornal Diário da Bahia e a Igreja Católica criticavam e pediam providências às autoridades policiais contra o ENTRUDO. Quando aproximava-se o domingo anterior à QUARESMA, todo mundo ENTRUDAVA. Apareciam pelas ruas em forma de bandos os "CARETAS" envoltos em cobertas, esteiras de catolé, folhas de árvores e abadá - uma espécie de camisa de manga curta que os negros usavam sendo bastante folgada atingindo a curva dos joelhos. O pano de saco de farinha de trigo era o preferido para a confecção do abadá. No ENTRUDO molhava-se quantos andassem pelas ruas, invadia-se casas para jogar água em alguém, não importava que fosse gente doente ou idosa.
3 - Do Entrudo ao Carnaval
EM 1853
O ENTRUDO passou a ser reprimido, mas apesar das ordens policiais, as "laranjinhas" e gamelas com água continuavam existindo, principalmente no bairro da Sé. Foi exatamente neste período que o CARNAVAL começou a se originar de forma diferente, dividindo em duas classes: o CARNAVAL DE SALÃO e o CARNAVAL DE RUA. CARNAVAL DE SALÃO tinha a participação de brancos e de mulatos de classe média. E o CARNAVAL DE RUA contava com os negros e os mulatos pobres.
EM 1860
O Teatro São João, que ficava na Praça Castro Alves, realiza na NOITE DE SÁBADO um arrojado baile de mascarados de CARNAVAL, iniciando com músicas baseadas em trechos da ópera italiana "LA TRAVIATA", seguida por valsas, polcas e quadrilhas. O evento contava com a participação das pessoas de bom nível social, que trocavam os bailes realizados em suas casas, pelo do Teatro São João.
O PERIGO
Na época havia o "perigo" do homem formado e do negociante serem vistos mascarados e em razão disso, as casas de fantasias e cabeleireiros como os famosos "PINELLI" e "BALALAIA" mantinham especialistas em disfarces, com maquiagem e máscaras.
O CARNAVAL NOS BAIRROS
Como os bailes carnavalescos não estavam ao alcance de todos, nem de acordo com a moral de muitos, era necessário estimular a sua ida para a rua. Várias comissões passaram a ser nomeadas pelo chefe de polícia e a comissão central juntamente com diversas outras comissões paroquianas, que distribuíam máscaras, facilitavam a aquisição de outros adereços, bem como a providência de banda de música para quem quisesse brincar o CARNAVAL. Os comerciantes logo aderiram à idéia de olho no melhor faturamento, e começaram a adotar o CARNAVAL em substituição ao ENTRUDO.
EM 1870
Os mascarados avulsos, estimulados pela polícia e os bailes públicos começaram a ganhar terreno, embora as manifestações do ENTRUDO ainda se mantivessem vivas. O ambiente para a realização do CARNAVAL passou a ficar melhor com o surgimento do BANDO ANUNCIADOR, que saía às ruas convidando todos para os festejos.
ORGANIZAÇÃO E COMPETIÇÃO
Nos clubes e teatros, foram surgindo competições entre os grupos e famílias que ostentavam roupas e jóias para mostrar quais associações e entidades eram mais elegantes e grã-finas. O pioneiro Teatro São João passou a organizar seus bailes com UM ANO DE ANTECEDÊNCIA.
EM 1878

Neste ano o grupo de CARNAVAL DE RUA, "OS CAVALEIROS DA NOITE", aparecia pela primeira vez num salão em grande forma, no Teatro São João, causando um verdadeiro "ti, ti, ti", e a aparição acabou se transformando num costume.
EM 1880
Esse ano chegou com mais bailes na cidade. Salvador tinha aproximadamente 120 mil habitantes, a população mais densa do Brasil, e concentrava bons recursos financeiros e grande poder político. Havia, portanto, dinheiro, poder e fartura, e todo esse esplendor passou então a ser retratado nos salões e bailes de CARNAVAL. Vale lembrar que as roupas, adereços, enfeites, chapéus, bebidas, jóias, sapatos e meias usadas nas festas eram importadas das melhores casas de PARIS e LONDRES.
O CAMPO GRANDE - A PASSARELA OFICIAL
Ao mesmo tempo, palanques e bandas de música proliferavam por toda a cidade. Surgiam também vários clubes uniformizados, como os "ZÉ PEREIRA", "OS COMILÕES" e "OS ENGENHEIROS", fantasiados com "CABEÇORRAS" e outras máscaras. Como as comemorações cresciam, convencionou-se que o Campo Grande, ainda um terreno baldio, seria o lugar para os MASCARADOS se reunirem nos dias de CARNAVAL e, de lá, saírem em bandos.
EM 1882
Foi neste ano que o COMÉRCIO iniciou o costume de fechar as portas na TERÇA-FEIRA DE CARNAVAL, a partir das 13 horas. O CARNAVAL DE MÁSCARAS e o DESFILE DOS CLUBES, ficavam então, mais animados depois das 14 horas.
4 - O 1º Carnaval
DO ENTRUDO AO CARNAVAL
Cinco anos antes da Proclamação da República a Cidade do Salvador, habitada por cerca de 170 mil pessoas, organizou o seu primeiro grande CARNAVAL DE RUA. Era uma festa com grande influência européia, como quase tudo o que existia no Brasil naquela época, com muito luxo, requinte e comentários elogiosos. Fortemente influenciado pelo requintado CARNAVAL DE VENEZA, na Itália, e mesclando a presença de tipos do popular CARNAVAL DE NICE, na França, o CARNAVAL DE SALVADOR deu o primeiro passo rumo à popularização com a participação de muita gente nas ruas.
COMO ERA A CIDADE - 1884
Esse ano é considerado como o 1º ANO DO CARNAVAL, do modo como ele é comemorado hoje. O CARNAVAL de 1884 pegou Salvador num período de crescimento rápido, provocado pelo progresso da agricultura em outras regiões e pelas exigências de um melhor ordenamento do espaço urbano. Respirava-se progresso por todo canto e os comerciantes já utilizavam a PUBLICIDADE nos jornais durante a festa. Tanto as pessoas que se fantasiavam, como as que esperavam o cortejo, vestiam-se a rigor, algumas em ternos de linho, polainas e chapéus.
SURGE O CLUBE CARNAVALESCO CRUZ VERMELHA
Fundado em 1º de março de 1833, o CLUBE CRUZ VERMELHA só veio a participar do CARNAVAL em 1884. O clube organizou um cortejo com rapazes e moças ricamente trajados e a novidade foi apresença de um CARRO ALEGÓRICO, com o tema "CRÍTICA AO JOGO DE LOTERIA", ricamente decorado com peças importadas da EUROPA. O cortejo saiu de uma das ruas do Comércio, subiu a Montanha, passou em frente à Barroquinha, rua Direita do Palácio (rua Chile), Direita da Misericórdia, Direita do Colégio e retornou rumo ao Politeama de Baixo (Instituto Feminino). A iniciativa foi um verdadeiro SUCESSO e ganhou milhares de aplausos e pétalas de flores dos populares que se encontravam nas ruas. O CRUZ VERMELHA mudou basicamente o CARNAVAL.
SURGE O CLUBE CARNAVALESCO FANTOCHES DA EUTERPE
Fundado em 9 de março de 1884, por um grupo de jovens da antiga Sociedade Euterpe esse clube carnavalesco foi apelidado de "FANTOCHES". O grupo era encabeçado por quatro figuras da alta sociedade: Antônio Carlos Magalhães Costa (bisavô de ACM), João Vaz Agostinho, Francisco Saraiva e Luís Tarqüínio. (seu primeiro presidente)
EM 1885 - A DISPUTA MAIOR
Começou, então na imprensa a grande disputa entre os FANTOCHES e o CRUZ VERMELHA. O DIÁRIO DE NOTÍCIAS, o jornal mais influente da época publicou, a pedido do CRUZ VERMELHA, um anúncio de UM QUARTO DE PÁGINA descrevendo a sua passeata. O FANTOCHES reagiu publicando no mesmo jornal o seu programa de festas em TRÊS COLUNAS. No CARNAVAL ambos foram às ruas com temas maravilhosos e indumentárias vindas da Europa. O carro-chefe do CRUZ VERMELHA apresentava "A FAMA" e o Fantoches "A EUROPA". Desfilaram também o "SACA ROLHAS", "OS CAVALHEIROS DE MALTA", o "CLUBE DOS CACETES", o "GRUPO DOS NENÊS", o "CAVALHEIROS DE VENEZA", o "CAVALHEIROS DE CUPIDO", o "COMPANHEIROS DO SILÊNCIO", o "CLUBE DAS PETAS", o "CLUBE DAS FITAS", o "CLUBE DA POBREZA", o "CRÍTICOS CARNAVALESCOS", o "DIÁRIO DAS PETAS", e a "COMISSÃO DO PILAR".
POVO É QUEM JULGAVA
Na época, não havia uma comissão julgadora para estabelecer quem vencia os desfiles e o julgamento era determinado pela imprensa, que media a aprovação da população através dos APLAUSOS. O CRUZ VERMELHA, mais popular sempre vencia, pois o FANTOCHES, mais ligado à aristocracia, tinha uma torcida bem menor. Todas as outras entidades representavam a classe média.
EM 1886
Os negociantes resolvem não mais abrir o comércio na TERÇA-FEIRA DE CARNAVAL. Os presidentes dos grandes clubes reuniram-se na ASSOCIAÇÃO COMERCIAL com o objetivo de estudar um ITINERÁRIO ÚNICO para todos os préstitos.
5 - O grande carnaval da abolição
EM 1888 - O ANO DA ABOLIÇÃO
O CARNAVAL desse ano foi um dos maiores e mais famosos da história. O CRUZ VERMELHA e o FANTOCHES, irmanados pela vontade de fazer algo definitivo, deram em conjunto um grandioso BAILE NO POLITEAMA. Chegou, enfim, o dia do grande domingo de CARNAVAL. E havia muita gente pelas ruas e nas janelas, e o que mais imperava na cidade, era a ansiedade. O primeiro préstito a surgir foi o CRUZ VERMELHA com tanta coordenação, esplendor e luxo, que a multidão vibrava atirando flores sobre os carros. O segundo a desfilar foi o préstito do FANTOCHES, com a sua magnífica decoração dos carros alegóricos, graça, luxo e gosto artístico, que justificava o delírio de todos. Resultado: FANTOCHES e CRUZ VERMELHA desfilando sobre chuvas de rosas. O CARNAVAL já era uma verdadeira atração, uma realidade conseguida com muita luta e anos de esperança e já se podia, enfim, afirmar que o vencera definitivamente o ENTRUDO.
EM 1894
CARNAVAL era eminentemente da elite dos clubes CRUZ VERMELHA, FANTOCHES e outros, que desfilavam pelas ruas e freqüentavam os bailes dos Teatros São João e Politeama. A população pobre continuava a fazer apenas algumas manifestações.
EM 1895 - SURGE O PRIMEIRO AFOXÉ
Os negros nagôs organizaram o primeiro AFOXÉ, o "EMBAIXADA AFRICANA", que desfilou com roupas e objetos de adorno importados da ÁFRICA.
EM 1896
Surge o segundo AFOXÉ, o "PÂNDEGOS DA ÁFRICA", organizado também por negros. Os grupos representavam casas de culto de herança africana e saíam às ruas cantando e recitando seqüências de músicas e letras. Os AFOXÉS exibiam-se na BAIXA DOS SAPATEIROS, TABOÃO, BARROQUINHA e PELOURINHO. Enquanto os GRANDES CLUBES desfilavam em ÁREAS MAIS NOBRES.
6 - O Carnaval do início do século
EM 1900 - SURGE O CLUBE CARNAVALESCO INOCENTES EM PROGRESSO

É fundado por dissidentes do CRUZ VERMELHA o clube carnavalesco "OS INOCENTES EM PROGRESSO". O nome do clube foi inspirado em um bando de meninos que passava no local cantando e tocando em latas.
EM 1905
Neste momento verificava-se na cidade uma divisão espacial muito séria. Um AFOXÉ rompeu este tácito compromisso e subiu a Barroquinha e a Ladeira de São Bento, gerando protestos, em que se lastimou a QUEBRA deste pacto, não escrito, da DIVISÃO ESPACIAL DE CLASSES E DE RITMOS no CARNAVAL.
EM 1937
Primeiro ano de realização da "MICARETA" em Feira de Santana. A ornamentação de Salvador não se perdia completamente, era carregada pelos responsáveis do tríduo momesco para o interior.
7 - Surge um novo Afoxé
No ano do IV CENTENÁRIO DA FUNDAÇÃO DA CIDADE DO SALVADOR, foi fundado pelos estivadores do Porto de Salvador o afoxé "FILHOS DE GANDHY", como forma de homenagear o grande líder pacifista indiano assassinado em 1948, o Mahatma Ghandy.
8 - O Trio Elétrico
EM 1950 - SURGE A DUPLA ELÉTRICA
Após observarem o desfile da famosa "VASSOURINHA", entidade carnavalesca de Pernambuco que tocava frevo na Rua Chile, e empolgados com a receptividade do bloco junto ao público, a DUPLA ELÉTRICA resolveu restaurar um velho Ford 1929, guardado numa garagem, e, no CARNAVAL do mesmo ano, saiu às ruas tocando seus "PAUS LÉTRICOS" em cima do carro, com o som ampliado por alto-falantes. A apresentação aconteceu às CINCO HORAS DA TARDE DO DOMINGO DE CARNAVAL, arrastando uma multidão pelas ruas do centro da cidade.
EM 1951 - SURGE O TRIO ELÉTRICO
O nome "TRIO ELÉTRICO" surge somente nesse ano, quando, pela primeira vez, apresentou-se no CARNAVAL um conjunto de TRÊS INSTRUMENTISTAS. A dupla havia convidado o amigo e músico TEMÍSTOCLES ARAGÃO para integrar o TRIO que neste ano, saiu para tocar nas ruas de Salvador numa "PICK UP CHRYSLER", modelo Fargo, maior que a "FOBICA" do ano anterior, em cujas laterais se liam em duas placas: "O TRIO ELÉTRICO".
OS INSTRUMENTISTAS
OSMAR tocava a famosa "GUITARRA BAIANA", de som agudo. DODÔ era responsável pelo "VIOLÃO-PAU-ELÉTRICO", de som grave. E ARAGÃO tocava o "TRIOLIM", como era conhecido o violão tenor, de som médio. E assim estava formado o trio musical mais famoso do CARNAVAL DE SALVADOR.
EM 1953
O poder público municipal resolve abolir a tradição, ameaçando o comércio do acarajé porque, tomando uma atitude não bem esclarecida, resolveu proibir qualquer tipo de fritura na via pública, invocando preceitos higiênicos. A partir daí o baiano não podia mais comer acarajé cheiroso e quentinho nos dias de CARNAVAL.
EM 1958 - A "FAXINA DO GARCIA"

Antes o que existia era uma festa local, chamada de a "FAXINA DO GARCIA". Neste ano os moradores conseguiram então do prefeito o asfaltamento de toda a área e passaram a realizar a "MUDANÇA", que mais tarde, com a política, veio denominar-se de "MUDANÇA DO GARCIA", saindo às ruas com críticas ao prefeito, governador e outras autoridades.
9 - O Rei Momo
EM 1961
É colocada em prática a idéia do desfile do REI MOMO de rua. O primeiro REI MOMO foi o motorista de táxi e funcionário público FERREIRINHA.
EM 1962

Neste ano surge o primeiro grande BLOCO DE CARNAVAL, denominado "OS INTERNACIONAIS", composto apenas por homens. Nesta época, a todo instante "pipocava" um trio elétrico novo, mas os blocos iam para as ruas acompanhados somente de BATERIAS OU GRUPOS DE PERCUSSÃO. Surgiram também as famosas "CORDAS" e as "MORTALHAS" para brincar o CARNAVAL.
EM 1965
O "LANÇA PERFUME" surge no Carnaval do Rio de Janeiro em 1906 e em 1927, é lançado numa embalagem metálica. No ano seguinte, o uso do lança perfume passou a ter outros objetivos. Em 1965 seu uso é proibido através de decreto presidencial, que definiu a medida tachando o lança perfume de "IMORAL E RECONHECIDAMENTE PERIGOSO À SAÚDE".
A DÉCADA DE 70
Os anos 70 fizeram com que o apogeu do CARNAVAL DE SALVADOR fosse a PRAÇA CASTRO ALVES, onde todas as pessoas se encontravam e se permitiam fazer TUDO. Foi a época da liberação cultural, social e sexual.
10 - A evolução do Trio Elétrico
Até os anos 70, os TRIOS ELÉTRICOS eram mais veículos alegóricos, ornamentados quase que exclusivamente com BOCAS SEDAN de alto-falantes. Os amplificadores eram todos com válvulas e, em cima do TRIO, ficavam apenas músicos com a guitarra baiana, o baixo e a guitarra, não existindo ainda a figura do vocalista. Ainda nos anos 70, os "NOVOS BÁRBAROS" ousaram e colocaram algumas caixas de som no TRIO, além de equipamentos transistorizados. BABY CONSUELO surge cantando pela primeira vez com um microfone ligado ao cabo de uma guitarra.
EM 1970
A música carnavalesca "COLOMBINA" é reconhecida oficialmente como o Hino do CARNAVAL DE SALVADOR.
Colombina
de Armando Sá e Miguel Brito
Colombina eu te amei
Mas você não quis
Eu fui para você
Um pierrô feliz

Os confetes dourados
Que alguém de atirou
Não fui eu quem jogou
Não fui eu quem jogou.

EM 1972
A Bahiatursa passa a administrar em parceria com a Prefeitura o CARNAVAL DE SALVADOR.

EM 1974

Como se não bastasse tanta mudança, uma mais radical ocorreu no CARNAVAL DE 74, com o surgimento do bloco afro "ILÊ AIYÊ". A entidade que deu início ao processo de reafricanização da festa, contribuiu para a aparição do afoxé "BADAUÊ" e o renascimento do afoxé "FILHOS DE GANDHY". Era o começo do crescimento cultural do Carnaval de Salvador; que passou a enfatizar os conflitos e a protestar contra o preconceito de cor.
EM 1975
Desfilam neste ano no "CIRCUITO CENTRO" 59 blocos, 19 cordões, 9 escolas de samba, 5 afoxés e 3 clubes alegóricos. A primeira tentativa de realizar um concurso para a escolha do Rei Momo não obteve sucesso. Surge a W.R. Produções "O TRIO ELÉTRICO DODÔ E OSMAR" comemora o JUBILEU DE PRATA e retorna definitivamente à cena carnavalesca após um período de 14 anos afastado. O trio volta com uma nova formação incluindo o músico ARMANDINHO, filho de OSMAR, e muda o nome para "TRIO ELÉTRICO DE ARMANDINHO, DODÔ E OSMAR".
EM 1976
Ano em que deixou de ser usada a "MÁSCARA", introduzida no CARNAVAL DE SALVADOR desde 1834, uma forte influência francesa. Adereço indispensável para complementar as fantasias carnavalescas, a "MÁSCARA", também serviu para esconder dos olhares conhecidos e indiscretos a vergonha de um rosto eufórico. "Você me conhece" ??? Surge o trio elétrico "NOVOS BAIANOS", introduzindo junto com o "TRIO DE ARMANDINHO", o "SWING BAIANO".
EM 1977
O APACHES DO TORORÓ, bloco de índio surgido em 1969, já em processo de decadência, é literalmente invadido, em pleno desfile, por um pelotão de policiais, culminando na prisão de centenas de componentes. Neste ano desfilaram pela última vez as ESCOLAS DE SAMBA que participavam do CARNAVAL DE SALVADOR.
EM 1978
Apesar dos blocos de trio terem surgidos no início dos anos 70, é neste ano com o bloco "CAMALEÃO", que inicia-se a superação do amadorismo vigente entre os primeiros blocos de trio, representando, assim, um marco na emergência destes novos atores do CARNAVAL DE SALVADOR.
EM 1979
Dá-se o encontro entre o AFOXÉ e o TRIO ELÉTRICO, a partir da música, "ASSIM PINTOU MOÇAMBIQUE", de MORAES MOREIRA e ANTÔNIO RISÉRIO. Todo esse processo do "AFOXÉ ELETRIZADO" desembocou na música baiana atual.
11- O Carnaval Moderno
NA DÉCADA DE 80
No início dos anos 80, a transformação do CARNAVAL DE SALVADOR se intensificou mais ainda e coube ao pessoal do bloco "TRAZ OS MONTES", introduzir algumas inovações, tais como:
MONTAGEM DE UM TRIO ELÉTRICO COM EQUIPAMENTOS TRANSISTORIZADOS.
INSTALAÇÃO DE AR CONDICIONADO PARA REFRIGERAR E MANTER OS EQUIPAMENTOS NUMA TEMPERATURA SUPORTÁVEL.
RETIRADA POR COMPLETO DAS BOCAS SEDAN DE ALTO-FALANTES.
INSTALAÇÃO DE CAIXAS DE SOM DE FORMA RETANGULAR.
ELIMINAÇÃO DA TRADICIONAL PERCUSSÃO, QUE FICAVA NAS PARTES LATERAIS DO TRIO.
INSERÇÃO DE UMA BANDA COM BATERIA, CANTOR E OUTROS MÚSICOS EM CIMA DO CAMINHÃO.

Todas estas inovações foram inspiradas e aperfeiçoadas no trabalho desenvolvido pelos "NOVOS BÁRBAROS" nos anos 70.

EM 1981
O BLOCO EVA, surgido em 1980 e considerado uma das entidades mais irreverentes e inovadoras do CARNAVAL DE SALVADOR, decide radicalizar ainda mais do que o "TRAZ OS MONTES" e contrata profissionais da área de engenharia para assinarem o cálculo estrutural do NOVO TRIO e de todo o sistema de sonorização que importou dos Estados Unidos, como uma nova mesa de som, além de vários periféricos necessários para o perfeito funcionamento do trio e da banda. Com todas estas iniciativas, o EVA fez com que todos os outros blocos fossem obrigados a investir também em seus trios. O público e a crítica passaram a notar claramente a diferença gritante entre os equipamentos usados pelo EVA e pelas demais entidades e a exigência dos cantores e das bandas também aumenta. O trio elétrico "TRAZ OS MONTES", mais potente do que no ano anterior, em lugar dos 3 MIL WATTS que garantiram o título de "campeão" em 80, foi às ruas com 15 MIL WATTS, dando condições à "BANDA SCORPIUS" de mostrar seu potencial. O "TRAZ OS MONTES" promove um desfile no Farol da Barra para o lançamento do novo "TRIO ELÉTRICO SHOW". O governador assina o Decreto n.º 27.811/81, que determina a suspensão do expediente nas repartições públicas estaduais, além da SEGUNDA E TERÇA-FEIRA, também na SEXTA-FEIRA DA SEMANA ANTERIOR.
EM 1982
Houve tanta gente nas ruas de Salvador que os tradicionais freqüentadores da Praça Castro Alves (intelectuais, profissionais liberais e travestis) ficaram irritadíssimos com a invasão do tradicional reduto liberal. Início do desaparecimento da mortalha como indumentária carnavalesca com a opção do short, bermuda ou macacão, que inclusive dominou os blocos mais avançados.
EM 1983
O CARNAVAL era tratado por áreas ou departamentos isolados, carecendo de integração, quer seja no âmbito de cada órgão, ou no relacionamento entre os mesmos. A partir deste ano, surgiram de 30 a 40 novos ritmos, segundo a W.R. Produções.
EM 1984
Através do Decreto n.º 6985/84, o prefeito cria o GRUPO EXECUTIVO DO CARNAVAL - GEC, com a finalidade de adotar medidas necessárias à realização dos festejos carnavalescos. O CARNAVAL começa a ser pensado como um produto de mercado e é o início da profissionalização e comercialização da festa. Criação de novos espaços físicos para o CARNAVAL, tendo como primeira opção o espaço do FAROL DA BARRA. São instaladas no CAMPO GRANDE as primeiras estruturas metálicas para camarotes e arquibancadas. Ano dos "CEM ANOS DE FOLIA" e para melhor fixação e definição do evento em nível de massas, optou-se pela feitura de uma marca que traduzisse o espírito histórico e comemorativo da festa. Utilizando uma mistura de tipologias, típica dos panfletos da época, a marca tem como elemento básico a figura do CORINGA, personagem que engloba diversos caracteres típicos do CARNAVAL DE SALVADOR e resume em si a história e o espírito da festa.
EM 1985
A Prefeitura de Salvador estabelece decreto fixando normas para o FLUXO DAS ENTIDADES CARNAVALESCAS.
EM 1987
O REI MOMO FERREIRINHA adoece e a comissão responsável pelo evento resolve colocar o seu filho como substituto para desfilar, sendo que o mesmo só desfilou nos anos 88 e 89.
EM 1988
Pela primeira vez, um BLOCO AFRO de grande porte, o OLODUM, desfila na BARRA. É fundada a ASSOCIAÇÃO DE BLOCOS DE TRIO - A.B.T.
12 - A folia de hoje
NA DÉCADA DE 90
A característica da década de 90 é marcada pela preocupação nas contratações das bandas, a questão da segurança, do conforto interno, da indumentária e do "DESIGN" dos trios. Inúmeros profissionais da área de engenharia e arquitetura passam a criar projetos para os TRIOS ELÉTRICOS.
EM 1990
O prefeito de Salvador sanciona a Lei de 4.274/90, que cria o CONSELHO MUNICIPAL DO CARNAVAL, entidade representativa dos seguimentos carnavalescos, órgãos públicos e da sociedade. A RÁDIO EXCELSIOR deixa de realizar o DESFILE DO REI MOMO, e a patente é adquirida pelo HOTEL DA BAHIA e pela FEDERAÇÃO DOS CLUBES CARNAVALESCOS. Surgem os chamados BLOCOS ALTERNATIVOS assumem-se como OPÇÃO de diversão aos dias do tradicional desfile de blocos nos principais circuitos, de DOMINGO A TERÇA-FEIRA.
EM 1991
No dia 02.01 é instalado na Câmara Municipal o CONSELHO MUNICIPAL DO CARNAVAL - COMCAR. Em 07.01 o COMCAR realiza a sua primeira reunião ordinária na sede da Fundação Gregório de Mattos, da Prefeitura de Salvador. É sancionada a Lei n.º 4.322/91, PROIBINDO a realização de shows de bandas e trios elétricos na área do Farol da Barra e nas ruas adjacentes ANTES DO PERÍODO OFICIAL DO CARNAVAL. A Prefeitura de Salvador não faz a decoração de rua, sob o pretexto de falta de recursos, e o Governo do Estado assume as despesas da festa.
EM 1992
Diante da demanda, a COORDENAÇÃO DO CARNAVAL decide incorporar o BAIRRO DE ONDINA como novo espaço destinado ao CARNAVAL. Mais um ano sem a participação da Prefeitura na decoração do CARNAVAL, novamente assumida pelo Governo do Estado. A Câmara Municipal de Salvador promulga e publica a Lei n.º 4.538/92 - regulamentando os Artigos 260 e 261 da Lei Orgânica do Município - que diz respeito a ORGANIZAÇÃO DO CARNAVAL - e revoga as disposições em contrário, especialmente a Lei n.º 4.274/90.
EM 1993
O CARNAVAL é impulsionado por uma onda que marcou a sua história e o posicionou em um novo patamar de diferenciação dos festejos carnavalescos de todo o país. Foi potencializado pela explosão nacional da "AXÉ MUSIC" pelos êxitos dos empresários ligados aos BLOCOS DE TRIOS, que alcançaram novos níveis de profissionalização e montaram verdadeiras "MÁQUINAS DE FAZER SUCESSO". A Câmara Municipal de Olinda adota a Lei de Reserva de Mercado do Frevo e proíbe a execução e qualquer acorde musical que lembrasse de longe o "AXÉ MUSIC". Ressurge o "ABADÁ" como nova indumentária carnavalesca.
EM 1994
O CARNAVAL passa a ser trabalhado o ano inteiro. O desfile oficial foi regulamentado a partir de debates entre os diversos segmentos e órgãos envolvidos com a festa. Todos os serviços passam a ser contratados mediante LICITAÇÃO PÚBLICA, (algumas de abrangência nacional). É estabelecido o CONCURSO PÚBLICO para seleção das atrações, por currículo e por apresentação. O espaço físico Barra/Ondina, recebe um tratamento diferenciado com a montagem de infra-estrutura necessária ao funcionamento e à consolidação da área.
EM 1996
O CARNAVAL DE SALVADOR ganhou o mundo através da "INTERNET", possibilitando às populações de 135 países o acesso às informações básicas da folia momesca. · Nasce o CARNAVAL DO CENTRO HISTÓRICO / PELOURINHO e ruas adjacentes, a partir da necessidade e da preocupação em preservar a história e a cultura dos CARNAVAIS DE ANTIGAMENTE.
Pela pesquisa:

Marlene A.Martins (poetisa)

angel.