sábado, 24 de maio de 2008

Soneto XVII



Quem crerá em meu verso na era futura
Se ele é cheio de tua mais alta verdade
Mas ainda assim é amostra impura
Que de tua vida mostra só a metade.

Se eu pudesse pintar teu olhar brilhante
E em números tuas graças enumerasse
A era futura diria: o poeta mente
Tais tons nunca tingiriam humana face

Então, meus papéis amarelecidos
Seriam tratados como de um caduco
Tributos vão de furores perdidos

Exageros em versos de um maluco
Mas se ainda algum dos teus vivesse então
Viveria duas vezes, nele e em canção


William Shakespeare

bravo!!!! bravo!!! bravo!!!

angel.

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